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GREVE PETROBRAS | Todo apoio à greve petroleira: Petrobrás 100% estatal, com gestão dos petroleiros e nenhum subsídio aos patrões

quarta-feira 30 de maio de 2018 | Edição do dia

Começa amanhã, à 0h, a greve de petroleiros de 72h chamada pela FUP-CUT, que se coloca principalmente contra o processo de privatização da Petrobras e pela redução do preço da gasolina e do gás de cozinha, por parte do governo golpista de Temer.

Todo apoio à greve dos petroleiros! Pela redução do preço de todos os combustíveis, sem nenhum subsídio à patronal e aos acionistas!

Os petroleiros exigem o fim da política de preços liberalizante do governo Temer, responsável pelo preço de ouro dos combustíveis e a serviço de tornar mais lucrativo para a Shell, Exxon e outros grandes monopólios imperialistas do petróleo, comprar as refinarias e recursos naturais que Temer está colocando à venda.

Também exigem a demissão de Pedro Parente, tucano e braço direito de Temer na Petrobras, responsável pela continuidade dessa política entreguista e reacionária que teve início nos governos do PT, especialmente no governo Dilma Rousseff.

Ainda hoje o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a pedido da Advogacia-Geral da União (AGU), declarou ilegal essa greve e impôs uma multa de R$ 500 mil para cada dia de paralisação. Essa arbitrariedade é uma medida do governo, sempre com a ajuda do Judiciário golpista, para atacar o movimento operário e tenta impedir que sejam os trabalhadores com seus métodos de luta, com verdadeiras greves e piquetes, que se coloquem a frente da defesa dos direitos populares (é muito distinto do que o movimento reacionário e pró-patronal dos empresários do transporte e do agronegócio vem levantando, pedindo diminuição do diesel em busca de mais subsídios às custas do aumento de impostos à população).

Fica claro o verdadeiro objetivo de Temer ao aprovar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) a nível nacional, permitindo que as Forças Armadas estejam nas ruas e ocupando refinarias não não tinha na a ver com o processo dos caminhoneiros, que inclusive pediam intervenção militar, mas sim para atacar o direito das verdadeiras greves operárias ocorrerem, como a dos petroleiros.

Essas medidas completamente autoritárias e repressivas se colocam diretamente contra o direito de greve dos trabalhadores e merece o mais completo rechaço.

Elas são possíveis hoje devido ao fortalecimento da direita ao longo do último ano, em especial devido à traição aberta do PT e da CUT a cada greve boicotada, desde a aprovação da Reforma Trabalhista. Essa traição aberta levou a que a direita capitalizasse o descontentamento popular contra Temer através do movimento pró-patronal dos transportes, cujo saldo político foi o fortalecimento da candidatura de Bolsonaro e de caciques do agronegócio no Congresso Nacional.

Por isso, defendemos que a luta dos petroleiros deve ser independente e antagônica aos interesses patronais de qualquer espécie; que se choque com os interesses imperialistas, mas também do agronegócio e da patronal dos transportes. O PT, depois de assimilar a corrupção tradicional da direita e posicionar burocratas que extraiam bilhões da Petrobras, propõe voltar a fazer com que os trabalhadores financiem os lucros dos acionistas privados. Trata-se de um programa anti-popular e reacionário, que abriu caminho à agressiva política de privatização dos golpistas.

A única maneira de oferecer combustíveis baratos à população – e não aos empresários do transporte, do agronegócio e da Petroquímica – é rompendo com a política de Lula e Dilma de submissão ao imperialismo, lutando por uma Petrobras 100% estatal, sob gestão dos petroleiros e controle popular, acabando com suas ações em mãos dos grandes investidores sem indenizar quem rouba o patrimônio que poderia servir a toda população. Com isso, haveria transparência nas contas da estatal, os trabalhadores e a população poderiam planificar a utilização dos recursos adquiridos para o benefício da população e não dos lucros privados dos acionistas, e os trabalhadores terceirizados poderiam ser incorporados ao quadro de efetivos.

Nós do Esquerda Diário e do Movimento Revolucionário de Trabalhadores apoiamos integralmente a greve dos petroleiros, repudiamos as medidas autoritárias e repressivas do governo. Dentro dessa greve, acreditamos que a única forma de reduzir os preços dos combustíveis para o povo sem manter nenhum subsídio aos empresários sanguessugas do tesouro nacional será a partir da greve dos trabalhadores, superando suas direções sindicais burocráticas e as obrigando a chamar uma paralisação nacional por uma Petrobras 100% estatal e gerida pelos próprios petroleiros e controlados pela população.




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