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8M EM NATAL | Todes ao ato dia 9 de Março em Natal contra Bolsonaro as reformas, por Marielle e aborto legal

Nesse 8 de Março, organizar milhares de mulheres nas ruas contra o avanço autoritário de Bolsonaro, que quer atacar o resto de nossas liberdades nessa velha democracia dos ricos, e contra as reformas, inclusive a Reforma da Previdência da governadora Fátima Bezerra (PT). Organizemos milhares nas ruas de Natal e dos interiores contra o patriarcado e o capitalismo!

sábado 7 de março de 2020 | Edição do dia

Bolsonaro está chamando uma manifestação no dia 15/03 (um dia após o segundo ano do assassinato de Marielle!) em apoio ao seu governo, que tem de fundo uma ameaça de fechamento do Congresso, para avançar contra as liberdades democráticas e fortalecer o seu projeto reacionário e conservador, junto com Damares e os militares.

Atacando por diferentes vias, o projeto reacionário de Bolsonaro aprofunda a militarização das escolas que cerceiam cada vez mais as discussões em torno das diferentes sexualidades e questões de gênero, como já demonstrava ao longo da campanha com os discursos falsários sobre uma “ideologia de gênero” e “mamadeiras de piroca”.

No país que cresce o número de casos de feminicídios a resposta de Bolsonaro foi zerar o repasse de verba para programas de combate à violência contra a mulher, dando respaldo aos feminicídios e à violência doméstica. Com a Damares e sua campanha de abstinência sexual, baseado em um fundamentalismo obscurantista, querem culpar as vítimas de violência de gênero, fortalecendo a ideologia patriarcal que oprime as mulheres.

No país em que cresce o número de feminicídios, a resposta de Bolsonaro foi zerar o repasse de verba para programas de combate à violência contra a mulher. Somente no estado do Rio Grande do Norte, ainda que na contramão devido a queda de 30% nos casos registrados em 2019, neste último final de semana 3 mulheres foram assassinadas, fechando o início do ano, de acordo com a Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal (Conine) da Secretaria de Segurança, no número de 6 mulheres assassinadas.

Enquanto o governo dá respaldo aos casos de feminicídios e à violência doméstica, a população lembra suas vítimas, como fizeram as mulheres do Seridó, nesta segunda-feira (2) em Currais Novos, em um protesto pelo fim da violência contra as mulheres, em data que marca um ano do assassinato da estudante Zaira Cruz, cujo principal suspeito é o ex-namorado, um sargento da PM.

Querem com isso combater as que, desde sua campanha, se mostraram uma enorme força, que se colocada contra a continuidade do projeto do golpe de reformas, desemprego, privatizações e precarização da vida, poderiam barrar os ataques à classe trabalhadora de conjunto, os quais atingem sobretudo as mulheres, negros, LGBTs e a juventude.

Por isso é necessário que, nesse 8M em Natal, as mulheres se coloquem na linha de frente da luta contra as reformas, organizando a força das e dos trabalhadores e da juventude para fortalecer a nossa luta pela legalização do aborto, por educação sexual nas escolas e para trazer justiça à Marielle Franco no dia 14M, que marca dois anos de seu assassinato. Sejamos milhares de mulheres nas ruas de Natal para combater o patriarcado e o capitalismo!

A disputa entre Bolsonaro e os golpistas do Congresso tem de fundo o debate de qual a melhor forma de governo para fazer com que os trabalhadores, a juventude e, com isso, as mulheres pagarem a conta da crise. Inclusive contam com o apoio dos governadores que se dizem de “oposição”, como Fátima do PT, e que se diz aliada das mulheres, mas quer aprovar uma reforma da previdência que ataca sobretudo as servidoras, professoras, e demais trabalhadoras do RN, intensificando suas duplas e triplas jornadas.

Como debatido nesse texto, essa situação evidencia que mesmo as parlamentares mulheres eleitas por mulheres e pelos trabalhadores podem governar contra nós e em defesa de uma classe que não é a nossa.

Por isso, repudiamos a postura da Marcha Mundial das Mulheres que, nas discussões de construção para o 8M na cidade, se opôs que o ato criticasse a Reforma da Previdência proposta pela governadora Fátima Bezerra, levando ao rompimento do 8M em dois dias. Com isso, nós da Faísca e do Esquerda Diário convocamos a todes ao ato do dia 9 de março, cujo mote “Pela vida, por trabalho, em defesa da previdência: Mulheres contra Bolsonaro” que ocorrerá às 15h, na Catedral da av. Deodoro da Fonseca.

As mulheres hoje são quase metade da classe trabalhadora do país, sobretudo as mulheres negras, por isso são as mais afetadas pelo projeto golpista, pela precariedade do trabalho em aplicativos, com duplas e triplas jornadas, mais de 5 milhões de desempregadas e vítimas de abortos clandestinos todos os dias.

Na Argentina vimos a enorme força das mulheres quando se revoltam contra os abortos clandestinos, o controle da Igreja sobre os seus corpos e a miséria e exploração capitalista aliada ao patriarcado. Estão na linha de frente das rebeliões de juventude no Chile e dos trabalhadores franceses contra a reforma da previdência de Macron.

São exemplos de que as mulheres podem cumprir o papel chave na unificação do maior volume de forças do conjunto dos trabalhadores e setores oprimidos, que na histórica greve de petroleiros mostraram que não estão derrotados, e podem ainda travar uma grande batalha contra Bolsonaro, as reformas e o seu avanço autoritário.

Como podem fazer isso? Batalhando para que o 8M e o 14M sejam parte de preparar a batalha para que o dia 18 de Março, dia nacional de luta pela educação, não seja apenas um dia de “manifestações” e “paralisações”, mas sim uma grande paralisação nacional.

Nesse sentido as mulheres devem exigir dos seus sindicatos e entidades estudantis, em especial a UNE, e centrais sindicais CUT e CTB (ligadas ao PT e PCdoB) que convoquem centenas de assembleias e reuniões em cada local de estudo e trabalho a partir dos milhares de DCEs e CAs e sindicatos que dirigem pelo país, inclusive no Rio Grande do Norte.

É urgente que o nosso DCE, cuja gestão da Oposição de Esquerda e que nós da Faísca e do Esquerda Diário chamamos voto crítico, convoque uma assembleia geral da UFRN e exija da UNE e das centrais que cumpram o seu papel nacionalmente, que seja parte da construção da assembléia dos três setores.




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