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RIO GRANDE DO SUL | Toda solidariedade à professora do RS processada criminalmente devido à greve de 2017

Katiana dos Santos, militante de esquerda e professora do RS, está sofrendo processo criminal por parte da direção do Colégio Estadual Cônego Paulo de Nadal em virtude de sua atuação na greve de 2017. Nesta segunda-feira às 14h30 ocorrerá audiência no Foro da Tristeza e seus colegas convocam manifestação em solidariedade.

segunda-feira 6 de agosto de 2018 | Edição do dia

A greve dos professores do RS em 2017 foi um dos maiores processos de mobilização da categoria e mostrou, mais uma vez, a força dos educadores contra o desmonte da educação pública no estado levado à frente pelo governo Sartori, assim como também contra a política conciliadora e traidora da direção do CPERS. Após a greve, a extenuante recuperação de aulas imposta em algumas escolas pelo governo e também a perseguição aos grevistas sobretudo aos contratados, foram algumas das maneiras de retaliar aqueles que estiveram na linha de frente desta luta.

No Colégio Estadual Cônego Paulo de Nadal, em Porto Alegre, um caso escandaloso de perseguição pode gerar a exoneração de uma das professoras que foi parte desta grande luta da categoria. A diretora e uma coordenadora da escola abriram um Boletim de Ocorrência na polícia contra a professora Katiana dos Santos, supostamente por serem impedidas de trabalhar. Na verdade a própria diretoria da escola já estava tentando afastar Katiana. Ocorre que este BO se desdobrou em um processo criminal contra Katiana, que agora está sob o risco de ser exonerada do estado e ficar sem emprego por ter lutado em defesa de seu direito mais básico enquanto trabalhadora, que é de receber em dia seu salário em dia, e em defesa da educação pública no estado.

Este é um caso escandaloso de perseguição política em que a direção da escola atua a serviço do governo Sartori, ameaçando uma funcionária pública de perder seu emprego por ter feito greve. A força da greve dos professores de 2017 paralisou o governo Sartori, que também por isso não conseguiu levar à frente a privatização da CEEE, Sulgás e CRM. Mais do que nunca é necessário cercar de solidariedade e lutar contra a criminalização e a perseguição política de cada um dos educadores e educadoras que estiveram à frente dessa grande luta.

Nesta segunda-feira (06), as 14h30, na Avenida Otto Niemeyer, 2000, sala 302, ocorrerá a audiência do processo contra Katiana. É fundamental que todos os professores e apoiadores se organizem para prestar solidariedade à companheira e para lutar contra este caso absurdo de perseguição política.

Nenhuma grevista a menos!




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