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MUNDO OPERÁRIO | Termina a greve dos correios de São Paulo

Contra as privatizações, as demissões em massa, a suspensão das férias por um ano, o fechamento de agências e o desmonte da empresa, os trabalhadores dos Correios tinham entrado em greve no dia 26 de abril. O fim da greve foi votado em assembleia na manhã dessa segunda-feira, 8.

segunda-feira 8 de maio de 2017 | Edição do dia

Apesar da disposição de luta da categoria, o sindicato defendeu a assinatura do acordo apresentado pela empresa, que, além de não atender nenhuma das reivindicações dos trabalhadores, ainda traz uma lista de ataques aos grevistas.

A proposta foi aceita com a seguintes ressalvas:

Item 1 – Reabertura do PDI. Rejeitado.
Item 2 – Suspensão das férias. Rejeitado.
Item 3 – Suspensão do DDA, OAI, CDD centralizador, e SD/SDE. Aprovado.
Item 4 – Dias de greve (Compensação dos dias parados). Aprovado.
Item 5 – Plano de saúde. Aprovado.

Os itens recusados ficarão sem definição e, com o fim da greve, a patronal terá muito mais condições de impor esses ataques. Com a proposta aprovada, continua a ameaça absurda de cancelamento das férias, de demissão em massa, de fechamento de agências, de privatização.

O Esquerda Diário entrevistou um dos carteiros depois da assembleia.

Esquerda diário: Você considera que havia disposição da categoria de continuar a greve?

“Força para continuar tinha, se o sindicato tivesse colocado peso na greve. O que acontece, no correio hoje tem muita gente que vai muito pelo sindicato. Se o sindicato não bota peso na greve, o pessoal fica com medo de querer bancar uma greve e recua”.

Esquerda Diário: O que acha que irá acontecer agora com a saída da greve?

“No dissídio a categoria vai estar mais desmobilizada, porque não teve avanço nenhum e a maioria não vai querer fazer greve. A maioria está cansada dessa burocracia sindical que só vem boicotando a nossa greve todo ano. E a empresa vai continuar com os ataques. A resistência vai depender da organização, tanto de nós nas unidades, quanto da oposição, para tentar passar por cima desse sindicato. Mas a oposição também tem problema. Ela não bota peso, ela não faz trabalho de base, ela chega aqui, entrega os panfletos, mas não reúne ninguém, não chama ninguém para se mobilizar. Aí fica difícil”.




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