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REDUC | Terceirização e precarização do trabalho matam mais um petroleiro

Conforme noticiado pelas redes do sindicato, um terceirizado da REDUC em Caxias, no Rio de Janeiro, morreu devido a um acidente de trabalho em um posto extremamente precarizado. O “trabalho em espaço confinado”, também deixou outra trabalhadora ferida. Esse é retrato da terceirização e precarização do trabalho, que arranca vidas e enquanto isso os acionistas estrangeiros enchem o bolso e no topo da Petrobras, militares e gestores ganhando centenas de milhares de reais.

domingo 20 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Noticiada pelas redes do Sindicato da refinaria da Petrobras, no dia de ontem(19), em Caxias, morreu um trabalhador e ficou ferida outra. Trabalhavam no “espaço confinado”. Ambos terceirizados da Petrobras que ocupam os postos de trabalho mais inseguros com baixa remuneração e empresas que não garantem a segurança dos trabalhadores, focando nos lucros acima das vidas dos trabalhadores. A morte de José Arnaldo de Amorim, assim como a de Moise, de Hyago e de tantos outros é o retrato também da reforma trabalhista no país.

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Essa não é a primeira morte de terceirizados da Petrobras e na própria refinaria, em 2008 outro acidente quase levou à morte de outro trabalhador. Desde o golpe institucional, a aprovação da reforma trabalhista junto com a Lei de terceirização irrestrita vem permitindo que a Petrobras e outras empresas, não assumam nenhuma responsabilidade pelos terceirizados, contratem sempre a empresa que pague menos os trabalhadores, tenha o menor controle e ofereça o menor preço. Isso é pago em vidas, como vemos nesse caso.

São condições de escravidão a que são submetidos os terceirizados, em algumas unidades sequer com direito à mesma alimentação, com unidades onde ocorre punição se os terceirizados comerem comida ofertada por efetivos (como aconteceu no TABG no Rio de Janeiro). A precarização que atinge os terceirizados, atinge toda a classe trabalhadora, permitindo condições insalubres para um setor assim rebaixando as condições para toda a classe.

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Por isso, nós do Esquerda Diário nos solidarizamos com cada familiar, amigo e colega de José, mas também defendemos que é necessário lutar pelas mesmas condições de trabalho, de salário e de acordo coletivo como parte da luta pela incorporação à Petrobras sem a necessidade de concurso desses trabalhadores, já que já exercem suas funções. A morte de José Arnaldo de Amorim, da empresa C3, não é um caso isolado, mas faz parte de uma série de ataques como atrasos de salários e não pagamento dos fundos de garantia. Agora, por exemplo, os efetivos, se mobilizam em diversas unidades como em RPBC, em Cubatão, na greve contra um ataque à direitos efetivos e continuam as privatizações.

É necessária a unidade de toda a categoria, efetivos e contratado. A FNP(Federação Nacional de Petroleiros), poderia cumprir um papel superior para organizar as suas bases, para assim conseguir forçar a FUP a ações unitárias de toda a categoria que sofre, toda ela de Norte a Sul do país essas situações humilhantes dos terceirizados, mortes e perda de direitos de todos trabalhadores e privatizações.




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