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TERCEIRIZAÇÃO | Temer sancionará terceirização de tudo, centrais marcam paralisação daqui a 30 dias

terça-feira 28 de março de 2017 | Edição do dia

O presidente Michel Temer vai sancionar o projeto de lei que escancara a terceirização no País. Os terceirizados trabalham mais horas, recebem menos e tem uma chance 80% maior de morrerem em acidentes de trabalho. Do jeito que o pato da FIESP gosta.

A proposta será sancionada com vetos. Segundo a Reuteurs, o governo mudou de opinião, se antes esperaria o projeto voltar ao Senado, hoje Temer teria declarado ao jornal que foi aconselhado a sancionar diretamente a proposta da Câmara dos Deputados.

A proposta que foi aprovada pela Câmara, foi tirada das gavetas que permanecia desde sua aprovação à toque de caixa no apagar das luzes do último ano de mandato de FHC. Por essa proposta pode-se terceirizar tudo, e é possível contratar trabalhadores individualmente como se fossem empresas, a chamada "pejotização". Na mesma lei o contrato temporário de trabalho pode chegar a 9 meses, liberando as empresas de obrigações e colocando os trabalhadores em ainda maior rotatividade de trabalho.

Muito se especulou que Temer aguardaria o projeto em tramitação no Senado para fazer uma mistura dos dois projetos, mas temendo que o que seria aprovado no Senado "amoleceria", o âmago de rasgar a CLT do aprovado na Câmara, Temer deve sancionar este projeto, possivelmente ainda hoje.

O núcleo político do governo, os delatados Padilha, Moreira, e outros procurou a mídia para dizer que Temer deve sancionar o projeto sem vetos. O presidente pode, porém, retirar alguns trechos do texto, com o objetivo de abrir caminho para a inclusão das chamadas "salvaguardas" aos trabalhadores. Adendos para constar no papel sobre a co-responsabilidade das empresas contratantes enquanto eles rasgam as leis trabalhistas e defendem a extinção da Justiça do Trabalho, como declarou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Enquanto Temer está prestes a sancionar esse imenso ataque a todos trabalhadores, enquanto tramitam as reformas da previdência e trabalhista, e há grandes mostras da vontade de "parar tudo" as centrais sindicais marcam um novo dia de paralisação para daqui a um mês.

Informações da Agência Estado




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