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SEGURANÇA | Temer desloca Força Nacional para o Rio Grande do Sul

O presidente interino Michel Temer, a pedido do governador Sartori, determinou o deslocamento de um efetivo de 150 soldados, que atuariam na Paraolimpíada do Rio de Janeiro, para a região metropolitana de Porto Alegre.

sexta-feira 26 de agosto de 2016 | Edição do dia

Os primeiros 120 homens chegarão neste domingo. O número pode aumentar mais para frente, de acordo com o governador, e o tempo que ficarão no estado ainda é indeterminado.

A justificativa do governo de buscar as forças de segurança nacional é a escalada de criminalidade que vem ocorrendo na zona metropolitana de Porto Alegre nos últimos meses. A intenção do governo é deslocar o efetivo da Força Nacional para os presídios, de maneira a livrar os brigadianos para as rondas nas ruas.

O estopim de toda essa situação foi a trágica morte de Cristine Fonseca Fagundes, morta com um tiro na cabeça enquanto aguardava o filho na porta da escola. Esse caso se somou a outras dezenas de crimes do último período e gerou uma insatisfação generalizada no estado do Rio Grande do Sul que se torna cada vez mais insustentável.

Além disso, o governador exigiu ao presidente a construção de um presídio federal na capital gaúcha, bem como a solicitação de armas, equipamentos e veículos para as forças policiais.

Sobre o deslocamento da Força Nacional para o estado, Thiago Rodrigues, editor do Esquerda Diário - RS, disse: “a escalada de violência e casos revoltantes como o de Cristine não serão resolvidos com o aumento da repressão policial e com a militarização de Porto Alegre. Já nos esquecemos de casos como o de Ronaldo de Lima, assassinado covardemente pela BM com um tiro nas costas? É preciso urgentemente ir ao fundo dos problemas: investimentos pesados em escolas e centros esportivos para a juventude, planos de obras públicas para combater o desemprego, desarticulação das redes do crime organizado que atuam dentro da polícia e irrigam as campanhas dos políticos via caixa 2. A intervenção da Forca Nacional, alem de não resolver o problema, serve só para disciplinar a BM para que aceite os parcelamentos de salário.




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