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GOLPISTA TEMER | Temer deixará nas mãos da direita do Congresso a nomeação de cargos das estatais

O presidente golpista Michel Temer retoma a partir desta semana a nomeação de diretores de estatais dentro de sua estratégia de assegurar apoio no Congresso, depois de sancionar nesta terça-feira (28), com vetos mais técnicos, a Lei de Responsabilidade das Estatais.

segunda-feira 27 de junho de 2016 | Edição do dia

Temer vai manter a proibição de nomeação de dirigentes de partidos políticos nas estatais, vetando, por exemplo, a regra que não permite que o presidente da empresa participe do seu conselho de administração.

Outro veto recairá sobre a responsabilidade dos conselheiros da estatal em votações do conselho de administração. O texto permite a interpretação de que todos podem ser responsabilizados pelas decisões do conselho, mesmo os que votaram contra.

Temer tinha dito que não iria fazer nenhuma nomeação até a sanção do projeto, mas que iria retomá-las após a publicação da nova lei. Para satisfazer a sede de cargos e o fisiologismo do Regime de 1988 e do novo "Centrão" (que comanda no Congresso o futuro de Temer), o governo pretende continuar entregando nas mãos da direita as diretorias das estatais, como o fez o governo do PT de Lula e Dilma.

O governo conta com estas nomeações para garantir apoio principalmente no Senado, que vai julgar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

O peemedebista confirmou que uma das primeiras indicações será a de Wilson Ferreira, presidente da CPFL, para comandar a Eletrobrás.

Dentro do Palácio do Planalto, assessores destacam que não está proibida a nomeação de políticos, para acalmar os ânimos do Congresso, mas sim daqueles que "não se encaixam nas regras do projeto aprovado no Congresso", algo vago o suficiente para ser interpretado por: o Congresso decide quem pode ou não ser admitido nos cargos das estatais.

A corrupção inerente ao sistema capitalista, a seu regime político com seus partidos tradicionais, não faz nenhum esforço por esconder-se.

Ao contrário da campanha veiculada pelo partido midiático de que "a solução da corrupção é privatizar" (como se empresas privadas não fraudassem contratos e licitações o tempo todo), é preciso questionar: por que estas empresas não podem ser completamente estatizadas (ou reestatizadas sem nenhuma indenização, como a Vale, responsável pelo desastre de Mariana) sob controle de seus trabalhadores, e não da casta política corrupta que segue fortalecendo laços com os empresários?




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