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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Temer compra apoio à Reforma da Previdência com emendas parlamentares

terça-feira 9 de maio de 2017 | Edição do dia

Em reunião com ministros nessa segunda-feira (8), o presidente Michel Temer determinou que as emendas parlamentares pedidas por cerca de 330 deputados da base aliada tenham prioridade na distribuição de recursos. Os ministros da saúde (Ricardo Barros), da integração (Helder Barbalho), e das cidades (Bruno Araújo), cujas pastas estão entre as que mais recebem pedidos de emendas, ficaram encarregados de fazer um levantamento das emendas a serem pagas, para que a liberação dos recursos ocorra nas próximas semanas.

As emendas parlamentares são pedidos de verbas federais para obras e projetos, geralmente destinados às bases eleitorais de cada congressista. Desde 2015, o governo federal é obrigado a liberar o dinheiro das emendas até o fim de cada ano, porém o ritmo da liberação varia, podendo ficar retido até dezembro. Em 2017, cada deputado pode solicitar cerca de R$15 milhões em emendas, totalizando uma estimativa de gasto de R$8,7 bilhões.

A intenção de Temer com a liberação antecipada é garantir a “fidelidade” de deputados da base aliada que votaram contra o governo em votações recentes, e recompensar a base pelo desgaste diante de seus eleitores por votar favoravelmente à reforma. As emendas seriam uma forma de acalmar as bases eleitorais diante da votação do parlamentar.

Além dessa compra de apoio, o governo prepara nova ofensiva midiática antes da votação no plenário, que deve ocorrer no fim de maio ou início de junho. A partir de quinta-feira (11), novas propagandas serão veiculadas em rádios, e o presidente Temer intensificará as entrevistas em programas de televisão e de rádio.

O dia 28 de abril foi uma demonstração dos trabalhadores em cena, rechaçando a Reforma da Previdência e todas as outras reformas. Esse dia mostrou que somos capazes de parar o país, fazer o governo tremer e barrar as reformas. Não podemos confiar em cálculos parlamentares para barrar as reformas. É preciso organizar de comitês de base e exigir das centrais os recursos para colocar mais de cem mil em Brasília, como parte de um plano de lutas para barrar as reformas e derrubar o governo Temer.

foto Alan Marques/Folhapress




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