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IMPACTOS DOS AJUSTES | Tarifaço e ajustes de Dilma fazem brasileiros cortarem luz e comida

sexta-feira 16 de outubro de 2015 | 00:00

Sob efeito do agressivo “ajuste fiscal” conduzido pela presidente Dilma, os trabalhadores mais pobres estão cortando seus gastos em comida e com energia elétrica. Pesquisas recentes ilustram o que todo trabalhador já está fazendo e vendo seus colegas de trabalho e vizinhos fazerem: apertando os cintos. Enquanto isso os bancos tiveram lucros recordes e bilhões de reais são sangrados para pagamento da dívida.

Queda recorde no comércio é puxada por queda na venda de alimentos em supermercados

O setor de supermercados teve o pior primeiro trimestre de um ano em mais de 12 anos. No setor houve uma queda no faturamento de 1,2%, segundo o IBGE. Os efeitos da crise tem se agravado e seguramente os números do segundo e terceiro trimestre serão ainda piores que o do primeiro trimestre.

Com aumento do desemprego, maiores dificuldades para obtenção do seguro desemprego e uma pressão contra os salários onde se unem empresários e governos para não reajustar ou reajustar abaixo da inflação, os reflexos na classe trabalhadora já são visíveis e se sentem nas compras de produtos básicos nos supermercados e em coisas completamente essenciais como o consumo de água e energia elétrica.

Pesquisa aponta que 70% dos brasileiros irão diminuir gastos

Os trabalhadores já colocaram o pé no freio nos gastos e mudaram radicalmente o padrão de consumo de produtos e serviços. Desde o início do ano, 45% dos brasileiros alteraram muito a forma de comprar bens e serviços e 26% planejam seguir o mesmo caminho até o fim deste ano, aponta uma pesquisa inédita feita pela consultoria Officina Sophia para avaliar o comportamento do consumidor em tempos de crise e obtida com exclusividade pela Agência Estado. Com isso, até dezembro, 7 em cada 10 brasileiros terão feito o seu “ajuste fiscal”.

“Foi uma mudança significativa e muito rápida”, afirma Valéria Rodrigues, presidente da consultoria e responsável pela pesquisa que consultou quase 500 pessoas de todas as classes sociais no mês passado. Segundo a pesquisadora, o que chama a atenção é que quase a metade dos entrevistados (45%) alterou o padrão de gastos numa média de 20 setores. “Isso é muita coisa.”

Os setores campeões de cortes são os serviços básicos, de energia elétrica e água, com 93% e 87% dos entrevistados, respectivamente, reduzindo despesas que subiram, especialmente por causa do tarifaço de Dilma e dos governos estaduais.

Na sequência, estão os bens duráveis, como móveis, eletroeletrônicos e celulares, todos com mais de 80% dos consultados informando que adiaram a aquisição desses itens, seguidos pelos cortes nas compras de importados, produtos de limpeza e nas despesas com lazer, com 80% dos entrevistados relatando que reduziram o consumo.

A maior parcela dos trabalhadores, os da classe C segundo os critérios de classe baseado em renda que a pesquisa usa, ou seja, os que estão na faixa de renda até R$ 3 mil, está pagando uma conta sim outra não. Segundo esta pesquisa, 51% da chamada classe C fez rodízio no pagamento de contas.

O ajuste de Dilma também afeta o que os trabalhadores estão consumindo. Segundo a pesquisa, 67% dos brasileiros estão procurando marcas mais baratas de produtos de limpeza, independentemente da classe social. O mesmo fenômeno também estaria ocorrendo na alimentação.

Ou seja, graças ao ajuste aplicado pelo governo do PT os trabalhadores estão consumindo produtos de pior qualidade.

Em um país que a presidente foi eleita dizendo que “não mexeria em direitos nem que a vaca tussa”, os trabalhadores e seus já sentem o impacto em suas casas, da mesa a redução do uso de energia elétrica.

Esquerda Diário /Agência Estado




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