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4 MESES SEM SALÁRIO | “Somos guerreiras, organizamos nossa manifestação no dia da mulher pelo pagamento dos nossos salários"

“O que vocês acham de fazer no dia 8 de março, que é dia internacional da mulher, e é uma data que a gente comemora nosso dia e também mostra que a gente também está na mesma luta em prol do mesmo objetivo, e que somos mulheres guerreiras. Aí todo mundo concordou e fomos.” afirmou a trabalhadora.

terça-feira 13 de abril de 2021 | Edição do dia

Uma situação absurda e dramática imposta por Eduardo Paes e a empresa PRM vêm atingindo em cheio a vida de merendeiras terceirizadas no Rio de Janeiro. Há 4 meses, elas não recebem seus salários, é o que relataram diversas destas trabalhadoras para o Esquerda Diário.

A empresa acusa que Eduardo Paes deveria fornecer o dinheiro para o pagamento, o prefeito carioca responde que já não havia mais nenhum contrato. No meio disso, está em jogo a vida de mulheres trabalhadoras, que estão desesperadas para sustentar seus filhos e pagar o aluguel de sua casa, trabalhando sem receber janeiro.

Contudo, as merendeiras organizaram-se e foram para a luta. Fizeram um ato em frente à Prefeitura para cobrar de Paes o direito à mínima dignidade de receber pelo seu trabalho. "Reunimos, fizemos um grupo e decidimos fazer a manifestação”, contou uma das terceirizadas ao Esquerda Diário.

“Somos mulheres, chefes de famílias, mães solteiras, muitas moram de aluguel, sozinhas, com seus filhos pequenos, e muitas já foram despejadas por este atraso dos salários. Temos que botar comida na mesa, pagar as contas, e fica esse jogo de empurra entre a empresa e a prefeitura”, relatou a merendeira.

Veja as denúncias que foram enviadas para o Esquerda Diário:"Mulheres com filhos passando fome e sendo despejadas": Paes não paga merendeiras há 4 meses

Ela também afirma que funcionários de outras empresas terceirizadas quer prestam serviços à prefeitura estão na mesma situação indignante e também participaram da organização e estiveram no ato exigindo os seus direitos.

Mesmo com a condição financeira já passando dos limites, com as geladeiras cada vez mais vazias, a merendeira afirma que chegaram ao acordo de realizar a data no dia 8 de março, dia internacional das mulheres que por todo mundo protagoniza atos, manifestações e greves contra a opressão e exploração.

“O que vocês acham de fazer no dia 8 de março, que é dia internacional da mulher, e é uma data que a gente comemora nosso dia e também mostra que a gente também está na mesma luta em prol do mesmo objetivo, e que somos mulheres guerreiras. Aí todo mundo concordou e fomos.” nos contou a trabalhadora sobre a decisão coletiva da data do ato.

A condição revoltante dessas trabalhadoras é consequência direta do “empurra” entre Eduardo Paes e a empresa terceirizada PRM, como denunciaram as merendeiras. Esta disputa entre prefeitura e os patrões é paga pelos trabalhadores de diversas empresas terceirizadas que estão sem receber os seus salários, em meio ao auge da pandemia, com milhares de mortes, desemprego e fome.

As denúncias chegaram ao Esquerda Diário por mensagens dessas terceirizadas guerreiras, que nos relataram os absurdos que estão passando. Elas são chefes de família que estão pensando em como sustentar os seus filhos, ameaçadas de serem despejadas de suas casas, contas acumuladas e a geladeira esvaziando. Essa situação é responsabilidade de Paes e dos patrões, que devem pagar imediatamente os salários atrasados.

Ouça mais sobre a terceirização do trabalho: A precarização tem rosto de mulher negra

Pelo imediato pagamento dos salários das merendeiras! Paes e a PRM são responsáveis!

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