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"Sob paralisia dos sindicatos, Doria quer aprovar fim das nossas aposentadorias", diz Professora Maíra

João Doria quer a todo o custo aprovar urgentemente a reforma da previdência no Estado de São Paulo, adequando as exigências da reforma aprovada em nível federal pelo governo Bolsonaro.

quarta-feira 4 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Leia declaração da Professora Maíra Machado sobre mais esse ataque aos trabalhadores:

Doria quer aprovar ainda HOJE a Reforma da Previdência no Estado de São Paulo, se utilizando de manobras parlamentares e ignorando os processos para a aprovação de qualquer PEC. O governador que no ano passado quis ser exemplo nacional e votou a reforma da previdência em nível municipal as vésperas do Natal, mais uma vez usa dessa manobra para passar esse enorme ataque aos trabalhadores do Estado de São de Paulo.

Doria que está mais preocupado com o lucro e privilégios de empresários e políticos, quer que trabalhemos até morrer. Sua proposta de reforma em nada se diferencia da nefasta reforma aprovada pelo governo Bolsonaro. Quer aumentar a idade mínima para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens), uma aumento de 7 e 5 anos respectivamente, aumentando o tempo de trabalho e contribuição, além de aumentar a alíquota para 14%. Tem uma proposta de transição que estabelece um pedágio de 100% para quem está para se aposentar, isso significa que se falta um ano para dar entrada na aposentadoria, o trabalhador terá que trabalhar mais dois anos, ou se faltam 5 anos, mais 10 anos!

Isso é um absurdo, um enorme ataque para todos os servidores públicos estaduais. Doria para garantir o lucro dos grandes capitalistas quer rifar nossas vidas, implementando essa reforma que nos fará trabalhar até morrer. Sabemos que o grande objetivo do governo Doria, alinhado ao governo Bolsonaro, é fazer com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista, e que para isso estão dispostos a tudo. Desde dificultar, ou diretamente impedir nossas aposentadorias, ou garantir que quando e se elas ocorram venham com valores muito menores.

Esse ataque aliado a reforma trabalhista e a enorme perseguição aos servidores públicos, só vai precarizar ainda mais nossas condições de vida! A pressa do governo do Estado em aprovar a reforma ainda esse ano, está diretamente ligada a pressa de garantir esse ataque com o mínimo de resistência possível, aproveitando o final do ano e as férias.

No Rio Grande do Sul e no Paraná, professores e servidores estão se mobilizando contra os ataques do governo. Devemos tomar essa disposição de luta como exemplo para que em São Paulo também nos mobilizemos e tenhamos força para derrotar mais esse ataque. Os professores estaduais estão paralisando toda terça-feira contra os ataques do governo, mas isso não é suficiente, a CUT e a CTB precisam sair da paralisia e organizar toda a classe trabalhadora contra os ataques do governo a nível federal e estadual e se unificar aos professores que tanto lutaram esse ano e que podem ser uma enorme força motora que unifique todos os trabalhadores para derrotar Dória, Bolsonaro e todos os ajustes.

Leia também: "Reforma da Previdência de Dória ataca principalmente os professores e trabalhadores mais pobres"




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