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OCUPAÇÃO SECRETARIA DA CULTURA SP | Sob ameaças de Doria, manifestantes deixam prédio da Secretaria de Cultura de São Paulo

O prédio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, no centro da capital, foi desocupado na noite desta quinta-feira, 1º, pelos militantes que protestavam no local havia mais de 30 horas, exigindo a saída do Secretário da Cultura, André Sturm.

sexta-feira 2 de junho de 2017 | Edição do dia

Ao deixar o edifício, o grupo afirmou ter sofrido ameaças de retirada à força, mesmo sem um mandado judicial de reintegração de posse. Os manifestantes já haviam sofrido ameaça do próprio prefeito autoritário, João Dória, de serem chutados para fora da Secretaria com ação da polícia.

Pouco antes, eles tiveram uma reunião com o secretário municipal de Relações Governamentais, Milton Flavio, que os pressionou por uma saída pacífica. O entorno do prédio ficou cercado por viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) durante todo o período da ocupação. Depois da retirada, um ato para pedir a saída do secretário André Sturm foi realizado nas proximidades da sede, na Avenida São João, por volta das 22h30.

Em publicações nas redes sociais, os militantes consideraram a manifestação vitoriosa por ter denunciado "planos do prefeito João Doria para transformar a cidade num negócio", como quando mandou a polícia bater e internar forçosamente usuários da cracolândia e derrubou suas casas para que a especulação imobiliária reinasse com aval de sua política higienista. Eles contestam a concessão de espaços públicos à iniciativa privada e pedem a liberação de verbas para programas culturais.

O estopim para o início da ocupação foi uma ameaça feita por Sturm a um ativista, na última segunda-feira. O secretário disse que iria "quebrar a cara" de um integrante do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo.

Sobre a demanda dos manifestantes de que o secretário fosse afastado, Doria não deu ouvidos, demonstrando que seguirá com uma política autoritária, que reprime e cerceia (muito em base a privatização do espaço público) as manifestações culturais na cidade, primando por uma política elitista e higienista para a cultura.




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