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CENSURA À ARTE | ’Só se for para o fundo do mar’, diz Crivella sobre Queermuseu no Rio

segunda-feira 2 de outubro de 2017 | Edição do dia

FOTO: Givaldo Barbosa

O prefeito do Rio de Janeiro, Bispo Marcelo Crivella, quer proibir a vinda do "Queermuseu" para o Rio de Janeiro. A mostra de arte revoltou os conservadores e reacionários, provocando uma onda de censuradores de arte iniciada pelo Movimento Brasil Livre e apoiada pelos políticos-bispos da Igreja Universal do Reino de Deus e pela Assembleia de Deus.

Depois de postar um vídeo neste domingo, anunciando que vetaria a exposição do "Queermuseu" no MAR - Museu de Arte do Rio, Crivella declarou hoje que "Se vier para o MAR, vai ser para o fundo do mar". Dos 9 votos na direção do Museu de Arte do Rio, a prefeitura tem direito a somente dois, o que é insuficiente para barrar a exposição, ainda assim Crivella está obstinado a censurar a arte. Se dependesse dele, os Museus só exibiriam crucifixos e retratos de pastores.

A intolerância do prefeito-bispo era de se esperar, já que sua gestão está tentando "converter" a cidade do Rio de Janeiro em um curral de ideias conservadores pregadas pela sua igreja, praticando inclusive culto religioso na câmara municipal.

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Crivella afirmou as mesmas mentiras propagadas pela direita, de que a exposição teria um apelo à zoofilia e a pedofilia. Mentiras propagadas para esconder sua homofobia, afinal, o mesmo Crivella que disse que "cuidaria das pessoas" foi o que escreveu que a homossexualidade seria um "mal terrível", em seu livro "Evangelizando a Àfrica", aonde constam também inúmeras passagens de seu racismo religioso.

Crivella aliás, naquele momento usou o termo "homossexualismo", como se fosse uma doença para ser curada pela "psicologia cristã" na qual seu filho, Crivellinha, é formado.

Crivella já vinha tentando por diversas vias censurar as manifestações culturais no Rio de Janeiro. Em especial as da cultura negra, ameaçando o Carnaval e tendo ameaçado o samba da Pedra do Sal. Também é sob sua gestão que os ataques aos terreiros de candomblé e umbanda tem aumentado.

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