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Jornada de 21 dias de combate ao racismo em Marília | Slam Subterrâneo em Marília foi estouro: boca que atira contra o racismo e o capitalismo!

No último domingo (26/03) ocorreu em Marília o Slam Subterrâneo. A batalha de poesias, parte da jornada de 21 dias de combate ao racismo, reuniu dezenas de pessoas de diversas regiões da cidade.

segunda-feira 27 de março de 2017 | Edição do dia

O Slam Subterrâneo ocorreu neste domingo em frente à Praça da Biblioteca Municipal em Marília/SP. A batalha de poesias faladas foi dividida em três etapas, a primeira com quatorze poetas e poetisas, a segunda com nove, e para a final foram classificadas quatro. Com até três minutos cada, as poesias tinham como conteúdo o combate ao sistema, ao capitalismo, às opressões, ao racismo, à lgbtfobia, ao machismo, misoginia, aos patrões e a burguesia, à exploração do trabalho, à precarização da vida, aos ataques da casta dominante de políticos que servem ao capital. Nos intervalos entre as etapas, enquanto os Mestres de Cerimônias Alexandre Tubman e Babi Bulgare contabilizavam os votos dos jurados e preparavam a próxima etapa, a organização do Slam criou o “Palavra Rajada”, com apresentações de poesias e músicas que não participam da batalha, expressando também conteúdo de combate. Foram vencedores do Slam a poetisa Jessica Guindas em primeira, Welynton Ferreira (Biju) em segundo, e Bruna Motta em terceira.

Nas premiações, além de livros e camiseta, a primeira colocada também ganhou lugar garantido na excursão que ocorrerá de Marília para Assis para a Batalha do Velho Oeste, que reúne rappers e MCs de diversas cidades, e que no dia 9 de Abril terá como convidado o histórico MC Sombra (SNJ), apresentando seu álbum “Fantástico Mundo Popular”.

O Slam Subterrâneo foi apenas o segundo Slam ocorrido na cidade de Marília, reunindo expressivo número de pessoas, e conseguiu ser um “grito”, nas palavras de um dos poetas da noite, Breno Santos, “quando muitos gritam não tem quem ignora”.
O primeiro Slam ocorrido na cidade (Slam da Praça – Pela Libertação de Rafael Braga”), havia sido na Praça do Jardim Cavallari, na Zona Oeste. Assim como o primeiro, o Slam Subterrâneo também expressou a campanha pela libertação de Rafael Braga, jovem negro que foi preso no contexto das manifestações de Junho de 2013 apenas com a alegação de portar Pinho Sol na mochila.

O Slam Subterrâneo foi também parte da Jornada de combate ao racismo e ao capitalismo, com manifestações e atividades ocorridas ao longo do mês de Março em diversas cidades, como em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Campinas. O 21 de março é considerado o dia internacional de combate a segregação racial. Em 1960, uma manifestação na cidade de Shaperville, na Africa do Sul, que protestava contra o Apartheid e a Lei de Passes, que obrigava pretas e pretos a portarem documentos para poderem circular pela cidade, foi brutalmente reprimida pela polícia daquele país, deixando dezenas de mortos e feridos, desde então, o dia 21 foi transformado em mais um dia de luta ao combate ao racismo, e é neste marco que se insere tal jornada ocorrida ao longo do mês de Março. Em Marília ocorreram também atividades em escolas e no Cursinho Popular da Unesp como parte desta jornada.
Acompanhe a cobertura de diversas destas manifestações através de notícias do Esquerda Diário para esta seção (http://www.esquerdadiario.com.br/Secao-Negraos).
Veja algumas fotos do Slam Subterrâneo em Marília/SP a seguir:


Temas

Racismo    Marília    Negr@s



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