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SOLIDARIEDADE À PALESTINA | Sindicatos e ativistas exigem que o governo canadense pare o comércio de armas com Israel

As manifestações de solidariedade ao povo palestino e o repúdio às ações israelenses continuam crescendo. Sindicatos e federações, junto a ativistas, exigiram, em uma carta pública, que o Primeiro Ministro canadense interrompa o comércio de armas e demais materiais bélicos com o Estado de Israel.

sexta-feira 11 de junho de 2021 | Edição do dia

Foto: Primeiro Ministro canadense Justin Trudeau com o presidente israelense cessante, Reuven Rivlin (um homem de Netanyahu)

São cerca de 39 organizações de trabalhadores, entre sindicatos, federações que reúnem centenas de milhares de trabalhadores em todo o território canadense, que enviaram uma carta aberta junto a organizações de base, em que exigem que Justin Tradeau, primeiro ministro canadense, que suspenda imediatamente o comércio bilateral de todas as armas e matérias bélicos com Israel.

Com essa carta aberta, iniciou-se uma campanha nas redes sociais de apoio ao povo palestino. São organizações que pertencem ao "Labour Against the Arms Trade", uma organização contra o comércio de armas.

Em um dos parágrafos da carta, eles dizem que “o governo canadense deve acabar com sua cumplicidade com a violência e o apartheid”. E um dos organizadores desse movimento, Simon Black, afirmou ao lançar a campanha que isso “é uma demonstração (...) da solidariedade dos trabalhadores canadenses ao povo palestino. A oposição dos trabalhadores em relação ao regime de ocupação e apartheid em Israel seguirá crescendo”.

Essa campanha se soma às ações que setores de trabalhadores realizaram em Oakland, Califórnia, Estados Unidos, bloqueando o desembarque de navios israelenses.

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Os trabalhadores da Amazon também se solidarizaram com o povo palestino que sofre uma “limpeza étnica” sistemática desde a formação do Estado de Israel, enviando uma carta aos donos e executivos da multinacional norte-americana. E na África do Sul, a solidariedade aos palestinos e o repúdio à agressão de Israel a esse povo se expressou através dos portuários sul africanos, que com o apoio de seus sindicatos se negaram a descarregar a embarcação Zim Shinghai, de origem israelense, que estava atracado no porto de Durban.

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É evidente que as demonstrações de solidariedade com as palestinas e os palestinos e o repúdio aos métodos do Estado de Israel, que incluem, como vimos no último mês, bombardeios e repressão sistemática, vêm aumentando. Já não são apenas as marchas massivas em diversos países exigindo uma Palestina livre e que Israel pare e reprimir o povo palestino. Agora setores da classe trabalhadora começam a se somar, ainda que de forma pontual, mas expressando a potência que pode ter a solidariedade de classe e o internacionalismo prático, exercido pelos trabalhadores.




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