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Luta contra o machismo | Sindicato dos Metroviários e grupos de mulheres realizam ato contra o assédio sexual no Metrô - SP

Marília Rochadiretora de base do Sindicato dos Metroviários de SP e parte do grupo de mulheres Pão e Rosas

sexta-feira 12 de junho de 2015 | 23:30

Na última quinta (11/06) foi realizado um novo ato na estação república do metrô de São Paulo contra o assédio e a violência contra as mulheres. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, junto ao Movimento Mulheres em Luta (MML), e contou com a presença do grupo de mulheres Pão e Rosas e também do coletivo Juntas!. Cartazes levantados pelas presentes lembravam os diversos casos de assédio, violência e até mesmo estupros no transporte público.

Um dos casos que mais teve repercussão no último período foi o da repórter do R7 que foi assediada dentro de um trem na linha 3 – Vermelha. O assediador se masturbou e ejaculou em sua calça sem que ela percebesse. A repórter criticou a atitude do metroviário que a atendeu por não dar o encaminhamento devido. Marília, demitida política da greve dos metroviários do ano passado e do grupo de mulheres Pão e Rosas, esteve presente no ato e declarou para o Esquerda Diário que “o metroviário pode ter agido mal, mas o fato é que infelizmente os metroviários estão de mãos atadas nesses caos, pois o Metrô não fornece nenhum treinamento adequado e nem materiais para lidar com esse tipo de situação”. Silvia, que é professora da Rede Estadual e do Movimento Mulheres em Luta, interveio no protesto dizendo que “nossa reivindicação passa por ter dentro das estações Centros de Referência para as mulheres, onde elas possam ser atendidas em caso de assédio com suporte jurídico, físico e psicológico”.

Também foi relembrado o caso da trabalhadora terceirizada do posto de recarga de bilhete Único da estação República que foi estuprada dentro do seu local de trabalho. As mulheres declararam que as terceirizadas são as que mais sofrem com o assédio no trabalho. No dia 10 de abril foi realizado um ato na estação em repúdio ao estupro sofrido pela trabalhadora e exigindo condições de trabalho melhores e mais seguras para as terceirizadas.

Marília também denunciou que o governo do Estado e a empresa tem responsabilidade sobre todos esses casos. “Sabemos que o machismo é um dos responsáveis por essa situação de assédio e violência, mas o fato de termos um Metrô superlotado facilita a ação dos assediadores e deixa as mulheres reféns desse tipo de situação. E o Metrô também é conivente com isso, temos diversos casos de assédio dentro da própria companhia”. Recentemente foi noticiado um caso de um supervisor da manutenção do metrô que foi demitido por justa causa por mostrar as partes íntimas para uma usuária dentro da estação.
O grupo pretende seguir realizando outros protestos contra os casos de assédio e violência contra a mulher, ampliando a construção dos atos para combater o machismo e exigir medidas do governo e da empresa.




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