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Silas Malafaia ignora saúde de seus fiéis e faz culto com 350 pessoas

Em culto na zona oeste do Rio, pastor se comparou a médico e disse que Assembleia de Deus é lugar de maior proteção[contra o coronavírus].

sexta-feira 20 de março de 2020 | Edição do dia

Ontem a noite, quarta feira (18), Silas Malafaia promoveu um culto com 350 pessoas na Assembleia de Deus Vitória em Cristo em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, ignorando por completo as recomendações seja da OMS, seja até do governo que ele mesmo apoia para a contenção do coronavírus.

Mesmo numa crise tão profunda como a do coronavírus que fez mais de 8 mil vítimas no mundo inteiro, o pastor Silas Malafaia ignora por completo a gravidade de um problema como este e mantém os cultos de sua Igreja colocando em risco crianças,jovens e adultos, e principalmente idosos que são parte do grupo de risco que podem ficar expostos ao vírus.

No mesmo dia, Silas Malafaia havia recorrido a sua conta no twitter para dizer que só suspenderia os cultos de sua igreja mediante determinação judicial. Silas Malafaia endossa aquela parcela da burguesia que assim como Bolsonaro, afirma que a pandemia do coronavírus não passa de “histeria”, só que dessa vez usando de sua posição de líder da igreja para convencer os fiéis dizendo coisas absurdas como “o medo é pior que o coronavírus”, “aqui [a igreja], é o melhor lugar de proteção que pode existir” e o debate sobre o coronavírus é uma “paranoia”.

Grande apoiador do atual presidente, o Pastor/Empresário continua a política de Bolsonaro, só que em seu ambiente, os cultos, enquanto o presidentes em declarações à imprensa e na direção do Executivo. Ambos vociferam palavras a diminuir a importância do coronavírus e confiar em suas personalidades e em deus, como “paranóia” e “histeria”, como se isso fosse impedir um vírus à contagiar.

Em políticas negacionistas parecidas, os dois apresentam a mesma finalidade, esconder que durante anos foram apoiadores de políticas de desmonte da saúde, principalmente no Rio de Janeiro, mas também em todo o país, apoiaram essas políticas em nome do lucro e troca da vida de trabalhadores e trabalhadoras.

É necessária uma política diferente, vinda de baixo, de cada trabalhador que tem medo de pegar o coronavírus, não só porque teme perder a vida na doença mas perder seu emprego, que não tem possibilidade de trabalhar de casa, ou daqueles que mesmo que trabalhem de casa não sabem o que pode acontecer daqui a 3 ou 4 meses. Uma política que aumente a capacidade do SUS, estatizando sem indenização os hospitais privados e usando hotéis como leito, centralizado sob controle dos trabalhadores, que revogue a lei dos tetos dos gastos que suprime o orçamento da saúde ao pagamento da dívida pública, além de não pagar a dívida pública que a cada dia saquea a riqueza nacional aos bancos imperialistas. Políticas desse tipo levantadas pelos trabalhadores, garantiriam que testes massivos a todos que acham que necessitam, apresentando sintomas ou não, impediram políticas capitalistas de demissões massivas, além de apoio alimentar e isolamento remunerado para aqueles que estão no grupo de risco da doença.




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