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Grupo de Estudos Marxismo e Luta de Classes | Sessão adiada: no dia 04/12 o debate é nas ruas, gritando junto às mulheres por Fora Bolsonaro e Mourão

Em razão do chamado das mulheres ao ato contra Bolsonaro no dia 04/12, decidimos adiar a sessão especial do grupo de estudos Marxismo e Luta de Classes da UnB/SeSo que seria na mesma data e horário. Porém, esse adiamento não é um cancelamento, colocando em prática as lições do marxismo que discutimos no grupo, chamamos todes os participantes do GE, todos os estudantes da UnB, em especial as minas do Serviço Social, a se somarem à luta das mulheres e construírem conosco um bloco no ato do grupo de estudos e do Pão e Rosas

quinta-feira 2 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Cancelamos o chamado para o grupo de estudo do dia 04/12, após a convocação das mulheres para um ato nacional contra Bolsonaro na mesma data. Em Brasília, o ato será realizado na Praça Marielle Franco, às 15h. Colocando em prática as lições do marxismo que discutimos no grupo, chamamos todes os participantes do GE e estudantes da UnB a se somarem à luta das mulheres.

A questão da opressão às mulheres sempre foi um tema central ao debate do marxismo, como parte dos objetivos comunistas de emancipação da humanidade de toda a forma de exploração e opressão. Dessa forma, o patriarcado, mesmo sendo anterior ao capitalismo, diferentemente do racismo que surge com o capitalismo,, sempre foi visto pelos marxistas em seu vínculo funcional ao capitalismo e ao incremento da exploração.

Nesse sentido, como uma teoria inseparável da práxis, consideramos que a melhor apropriação do marxismo é tomar parte da construção desse ato das mulheres contra Bolsonaro. Aprendemos com o Manifesto Comunista, que a produção das ideias estão vinculadas ao modo como se organiza a reprodução material da vida. Dessa maneira, o fato das mulheres hoje constituírem grande parte da classe trabalhadora no Brasila parcela principal da força de trabalho explica o porquê estão cada vez mais na linha de frente das lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Os resultados da aplicação da agenda neoliberal que vemos hoje, com a explosão da miséria e da fome, atacou principalmente as mulheres trabalhadoras, que foram lançadas ao desemprego ou à informalidade, sobretudo as mulheres negras que não à toa ocupam os piores postos de trabalho. Muitas delas chefes de família, que mesmo quando empregadas, sofrem com a inflação generalizada que corrói o poder de compra e promove a insegurança alimentar nos seus lares. Por isso, as reformas aprovadas pelo conjunto do regime, ou seja, com a colaboração do Congresso, do STF, dos governadores, precarizaram ainda mais a vida das mulheres.

A misoginia do atual governo é uma resposta contra esse avanço do feminismo e da organização das mulheres, como o próprio movimento #EleNão em 2018, que desde as eleições expressou o repúdio feminista contra o machismo bolsonarista. Figuras reacionárias como Damares Alves tentam retroceder até em garantias mínimas como os casos excepcionais assegurados por lei ao aborto, ou a educação sexual nas escolas, fazendo uso de seu discurso obscurantista pela abstinência sexual, da mesma maneira com o debate de gênero, usado como espantalho pela extrema direita.

Leon Trótski, dirigente bolchevique, que começamos a ler o texto sobre os 90 anos do Manifesto Comunista na sessão anterior, dizia que para ser um revolucionário é “preciso ver a vida com o olhar das mulheres”, exprimindo a centralidade da luta dos setores oprimidos. É em busca desse aprendizado que convidamos todes aqueles que compuseram o grupo de estudos até aqui a se somarem ao grito das mulheres contra Bolsonaro e Mourão, contra a violência de gênero e todas as reformas e a comporem o bloco do grupo de estudos e do Pão e Rosas!




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