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Reintegração de posse | Serviços de saúde, educação e transporte parados na COHAB 5

O motivo é uma operação policial de reintegração de posse no terreno da COHAB 5 em Carapicuíba. A reintegração esta marcada para ocorrer dia 12/09.

quinta-feira 12 de setembro de 2019 | Edição do dia

Desde segunda feira houveram diversos comunicados da prefeitura de Carapicuíba sobre alterações nos serviços públicos na região da COHAB Castelo Branco.

A UBS que atende na COHAB 5 mudou temporariamente o atendimento para Vila Marcondes, o AME que é do governo do estado não vai abrir. Amanha, dia 12, as escolas da região não vão funcionar. As companhias de transporte publico também não estão colocando seus ônibus na região desde a ultima manifestação contra a reintegração dos moradores da Favela do Escadão. Dia 30 de agosto houve uma manifestação em que os moradores pediam uma reunião com o prefeito que não os atendeu. Neste mesmo dia os moradores foram duramente reprimidos pela PM e depois desse momento as manifestações contaram com ações mais radicais. A prefeitura junto de varias páginas de direita da região passaram a usar a queima de um ônibus como brecha para colocar os moradores da COHAB contra a ocupação, fazendo uma forte campanha pelo Facebook e Whatapp.

Por outro lado nunca se viu tanta viatura junta na região. A GCM e a PM tem colocado bases móveis, motos e viaturas nos entornos da COHAB 5. É comum ver as viaturas com a luz apagada, farolete pendurado e arma pra fora da janela. Eles tem parado moradores, pedestres e veículos, de toda região fazendo revistas inclusive em crianças. - "no dia a dia mesmo demora pra você... muita gente pensa que policia ta aqui pra proteger a gente, evitar assaltos etc, mas é nessas horas que a gente vê pra que serve" - conta um morador.

A prefeitura de Carapicuíba, Marcos Neves (PV) e a COHAB-SP estão há alguns meses organizando um grande operativo para retirar as famílias do terreno ocupado na região. Em entrevista ao SBT Marcos Neves diz que não há condições de garantir qualquer auxilio ou realocação das famílias e que os imóveis nas proximidades perderam seu valor por conta da ocupação. Nessa entrevista Marcos Neves mostra que sua preocupação está em garantir mais espaço para especulação imobiliária na região e que não há problema que isso signifique cerca de 2000 mil famílias sem moradia, jogadas nas ruas. Apesar de se pronunciar se defendendo de acusações de Marcos Neves o ex-prefeito Sergio Ribeiro (PT) não se pronunciou contrário a reintegração de posse e também não moveu nenhuma alternativa que garanta a moradia as famílias.




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