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Senado tem pressa para votar a PEC do Fim do Mundo

quinta-feira 8 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Depois da tensão em torno de Renan Calheiros que rondaram o Senado na última semana, a base do governo Temer resolveu garantir a votação da PEC do Fim do Mundo, marcada para próxima terça-feira. Em uma situação fora do comum, os senadores abriram três sessões em menos de seis horas e completaram o prazo regimental para votar o principal projeto de Michel Temer.

De acordo com o regimento, as PECs precisam ser apreciadas em dois turnos, com um intervalo de cinco dias úteis, em seguida, três sessões de discussão sobre a proposta. A proposta inicial tinha como intenção que a PEC fosse discutida na quarta e quinta-feita dessa semana e, por último, na terça-feira, 13, dia em que já seria votada. Porém, com o julgamento sobre o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado, a sessão de quarta-feira foi cancelada.

Mesmo assim, a base aliada preferiu se preservar, e, surpreendentemente, Renan assumiu a sessão, até então conduzida por outros senadores, por volta das 16h35 e declarou encerrada a ordem do dia, abrindo outra sessão em seguida. Com o cumprimento de prazo, na prática, a PEC do teto poderia ser votada, inclusive, na sessão de hoje. Porém não há quórum ou articulação para acelerar a votação.

Conforme colocamos neste artigo, a saída de Renan Calheiros do Senado Federal atrapalharia a votação da PEC 55 e de outras medidas impopulares que estão em curso. A Lava Jato, é uma operação que está a serviço dos ajustes e ajustadores contra os trabalhadores. Vale ressaltar que os setores empresariais estavam descontentes com o atual governo por conta da demora que os ataques estavam sendo implementados, com a aceleração da votação da PEC mostra que Renan se disciplinou muito bem ao que a ala Lava Jato queria.

Frente a este novo cenário, é preciso que a CUT e a CTB rompam com a trégua dada a Michel Temer e organize um plano de luta para colocar em pé uma grande greve geral que consiga barrar este pacote de maldades contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Para fazer com que os ricos paguem pela crise econômica é preciso uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta.




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