A crise atingiu frontalmente a população jovem no país. De 2014 a 2019, os jovens entre 20 e 24 anos tiveram perda de renda cinco vezes maior do que a média geral, e os adolescentes que trabalham sete vezes maior.
segunda-feira 21 de junho de 2021 | Edição do dia
Com a crise gerada pela pandemia, a já alta desocupação dos jovens, 49,4%, teve um salto para 56,3%, com o Brasil sendo o país onde os jovens veem menos chances de progredir trabalhando em comparação com a maioria dos países da América Latina.
Atualmente, 27,1% da população jovem no país não trabalha nem estuda, e 70% dos jovens encontra dificuldades em conseguir trabalho.
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Os dados constam no Atlas das Juventudes e de novos estudos da FGV, eles incluem o histórico de pesquisas quantitativas do IBGE, como PnadC e Pnad Covid-19, no Brasil, e informações da World Gallup Poll e das Nações Unidas, compreendo vários países além de levantamentos com 2.600 brasileiros.
Segundo informações do Gallup World Poll, a aprovação dos jovens brasileiros em relação a como o país é governado caiu de 60,6% na década passada para 12,1% mais recentemente. Na média mundial a taxa se mantém próxima a 57% há aproximadamente dez anos.
De acordo com essas pesquisas e outros estudos de especialistas em trabalho e educação, a pandemia aprofundou as perdas para uma geração de jovens, agravando o cenário anterior de perdas seguidas que já vinha se dando com a crise internacional.
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