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ATO EM CAXIAS | Secundaristas do Cristóvão realizam 2º ato contra os cortes na educação

Na tarde dessa sexta-feira (15/04) estudantes dos turnos da manhã, tarde e noite se encontraram em frente aos portões da escola e chamaram os demais alunos a não entrarem e se somarem ao ato.

sábado 16 de abril de 2016 | Edição do dia

Cerca de 80 estudantes dos três turnos do Cristóvão de Mendoza partiram de frente da escola a partir do horário de início da aula pela Av. Júlio de Castilhos, trancando pelo caminho algumas ruas que cruzam com ela. Os alunos estão revoltados com a situação da escola e com o tratamento dado à educação em geral, com os cortes de Dilma e Sartori. Estivemos também contra o 6º período, que sobrecarrega estudantes que trabalham e pelo pagamento do Piso Salarial dos professores. A caminhada parou na Praça Dante, onde trancamos outras ruas e diferentemente da sexta passada onde um nos atacaram violentamente com uma barra de ferro, hoje tivemos grande apoio da população por onde passamos, alguns até desceram dos ônibus e se somaram a manifestação.

Teve muita solidariedade às ocupações de escolas do Rio de Janeiro, que inspiram os estudantes gaúchos a saírem pra rua em defesa da educação, com gritos de "Rio de Janeiro, vê se me escuta, a tua luta é nossa luta", mostramos o caráter nacional que as lutas secundaristas devem ter pra barrar de fato os cortes na educação pública.

Na praça, paramos para debater o que estava acontecendo e decidir os próximos passos da luta, dessa maneira por unanimidade ficou decidido organizar outros dois atos para a próxima semana, na segunda e na quarta. Ficou decidido também propagandear a mobilização para que mais alunos se somem à ela. Essa organização demonstrou como deve ser o movimento estudantil, independente das burocracias dos Grêmios como o do Cristóvão que ao invés de estar na rua com os estudantes foi para Porto Alegre nos atos de defesa do Governo Dilma. Somente uma construção horizontal das lutas pode ganhar mais participantes e manter o objetivo que é barrar os ataques contra a educação pública.

Saindo da praça o ato retornou pela Av. Júlio e seguiu até a 4ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) onde pedimos explicações sobre o corte de verbas. Eles aceitaram receber 5 estudantes, que quando entraram perceberam o diálogo da secretária com a direção da escola - Que fica ao lado da CRE - onde dizia para o Vice da tarde ir até lá buscar os alunos para puni-los. Dessa maneira não houve diálogo algum e o ato se encerrou por ali, reforçando a permanência das lutas na próxima semana.

Mais uma vez a Faísca - Juventude Anticapitalista e Revolucionária esteve presente e expressou a necessidade da permanência da mobilização, nesse momento em que o movimento estudantil do Cristóvão está ressurgindo depois de anos, não podemos permitir que o Grêmio Estudantil imóvel tente tomar a frente, se bem que eles sequer tentam isso. Agora os próximos passos devem ser solidificar de fato as lutas da escola e exigir dos Grêmios Estudantis das demais escolas chamem os estudantes a se reunirem em Assembleias para organizar as lutas pela educação em unidade, todas as escolas da cidade.

A pressão da direção da escola é inevitável, mas é importante saber que não se passam de ameaças e que vamos sim seguir na rua até que a educação deixe de ser mercadoria!




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