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S.O.S SAÚDE RJ | Saúde RJ: Governo quer cortar verba das UPAs pela metade

O Secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Antonio Teixeira Júnior, afirmou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) terão que cortar pela metade seus gastos. Mais um grande ataque contra a população na busca de sanar uma crise que o governo é responsável.

sábado 2 de abril de 2016 | Edição do dia

Como se não bastasse o caos na saúde do Rio, que o Esquerda Diário vem denunciando, o governo do Rio pretende aprofundar o caos na saúde. A proposta é que todas as UPAs gastem mensalmente 1 milhão de reais, reduzindo mais da metade o que as UPAs apuradas pela reportagem gastam. Além desse corte absurdo também há a proposta de que 13 UPAs se especializem, atendendo só crianças ou só adultos (O que é o caso das unidades da Ilha do Governador e de Itaboraí, que vão passar por 45 dias de obras e reabrir para receber exclusivamente pacientes pediátricos). A proposta do governo também prevê que as UPAs não terão mais internações e que o limite de permanência para pacientes em observação seja restringido a 12h apenas.

A determinação do Secretário de Saúde do Estado, Luiz Antonio Teixeira Júnior, é de que as Unidades geridas por OSs (Organizações Sociais) tenham que controlar melhor seus gastos, tendo remédios essenciais comprados com menores preços, qualquer reforma ser proibida, além de contenção de salários. Medicamentos como os utilizados para verminoses não serão mais fornecidos por não estarem na lista de "medicamentos urgentes". Não é muito difícil de perceber que quem mais sofrerá com isso serão os pacientes que já permanecem por horas nas filas e já não tem acesso à muitos medicamentos.

Nas UPAs de Jacarepaguá, Botafogo e Copacabana os gastos ficam perto de 2,1 milhões por mês, a partir de agora a população será atendida com um orçamento cortado pela metade, uma situação alarmante que pode inclusive colocar em risco os pacientes, não à toa até o Sindicato de Médicos se pronunciou contrário, ressaltando que mais grave serão as UPAs especializadas que obrigarão as pessoas a se deslocarem ou para outras UPAs ou para os hospitais que também estão caindo aos pedaços e superlotados.

Já as UPAS de Itaboraí e da Ilha do Governador que possuem seis médicos por plantão (dois pediatras e quatro clínicos) terão o quadro reduzido para apenas quatro pediatras. O fechamento de algumas unidades evidentemente acarretará no aumento das demais unidades de emergência, como em Itaboraí e Ilha do Governador, o que já causa apreensão em alguns hospitais nestas localidades, aumentando o tempo de espera para atendimento e, consequentemente, sucateando-o.

A crise que passa a saúde do Rio também é fruto da entrega que os governos de Paes e Pezão vem fazendo à iniciativa privada, com a desculpa de "melhorar o atendimento" os governos lavam as mãos para sua responsabilidade de garantir saúde pública e de qualidade e deixam a gestão da saúde na caixa-preta de Organizações Sociais ligadas a políticos e máfias. Uma saúde de qualidade hoje só pode ser garantida pelos próprios pacientes e trabalhadores da saúde, podendo controlar no que serão atendidos, assim como pensar a devida manutenção dos empregos públicos nos hospitais e diversas unidades de saúde, garantindo a qualidade dos serviços para toda a população.

Perante a crise política e econômica pela qual o país atravessa, hoje somente uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para garantir que esteja nas mãos daqueles realmente preocupados com uma saúde pública, gratuita e de qualidade a todos esteja na ordem do dia, e não reféns desta casta suja e corrupta de políticos que roubam o dinheiro da população em detrimento de suas vidas.




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