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VIOLÊNCIA POLICIAL | Sangue jovem e negro escorre nas operações de polícia de Wilson Witzel no RJ

quinta-feira 15 de agosto de 2019 | Edição do dia

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

A política de segurança pública do governador do Estado do Rio de Janeiro assassinou pelas mãos da polícia seis jovens negros em cinco dias. Semana retrasada um bebê, o Benjamin, de apenas 1 mês foi morto em uma operação militar no complexo do Alemão e a mãe foi impedida por um caveirão de levá-lo ao hospital. Essa é a cara mais racista e assassina que essa extrema-direita, na figura de Witzel e com apoio de Bolsonaro, tem contra a juventude negra e pobre. Witzel já declarou guerra aos negros com o "carro chefe" de sua política que é a violência policial; ele é o governador que mais matou negros nos últimos 20 anos (período em que a estatística de violência policial passou a ser feita).

Bolsonaro ataca de um lado com planos para economia como a reforma da previdência, que na prática é fazer com que a juventude e trabalhadores não tenham direito à aposentadoria, fazendo com que trabalhem até morrer enquanto os grandes capitalistas lucram em cima do suor e sangue da classe trabalhadora. Do outro, ataca com o pacote anti-crime de Moro, que na prática é a intensificação dos assassinatos de negros e negras em favelas e periferias e o aumento da violência policial em uma escala muito maior. Junto a Witzel, quer fazer da polícia do Rio de Janeiro uma máquina ainda mais assassina de negros e pobres. Essa é a extrema direita mostrando seu racismo e ódio aos negros.

No dia 14/08, crianças que moram no morro da Maré vieram a público para mostrar a barbárie a que estão submetidas. Desenhos de pessoas morrendo e helicópteros atirando são a mostra de uma juventude que cresce em meio a balas, mortes e pobreza. Longe de combater a criminalidade, o Estado do Rio de Janeiro criminaliza e mata a juventude pobre carioca, vendendo uma política de "combate às drogas" que na prática é um genocídio promovido pelo Estado, e que tanto Witzel quanto Bolsonaro fomentam irrestritamente.

Seis jovens negros foram assassinados pelo racismo que nutre o capitalismo, seis jovens negros foram assassinados por essa polícia que entra nas favelas, invade as casas dos trabalhadores, faz operações policiais em horário escolar, essa mesma polícia que faz parte das milícias no Rio de Janeiro. O racismo agride os negros de várias formas no capitalismo, e a pior delas é a morte pelas mãos das instituições burguesas das polícias. Uma instituição com raiz escravista e DNA racista.

O assassinato de 6 jovens negros em 5 dias mostra na prática o que a política racista de Witzel tem a oferecer para classe trabalhadora. Foram seis sonhos arrancados pela covardia de sua polícia, pela brutalidade do seu ódio contra os negros; são seis famílias que hoje choram e lamentam porque não vão poder ver seus filhos realizarem os sonhos que tanto almejaram.

Ao mesmo tempo, Witzel segue dizendo que sua política racista está correta e que "não reconhece que as seis vítimas em ações recentes da PM no RJ tenham sido mortos pela polícia". Isso não apenas indica que na prática os policias no Rio do Janeiro continuarão tendo sinal verde pra assassinar nas favelas, mas também a outra face ainda mais reacionária e racista de Witzel, que quer silenciar a veracidade das testemunhas que viram seus amigos e familiares sendo assassinados pelas mãos da polícia.

A vida dos negros não vale absolutamente nada pra Witzel e seus aliados racistas. Em seu discurso, impulsiona uma política privatista, inclusive defendendo a privatização da Cedae, na mesma medida em que a juventude negra é jogada à precarização de seus trabalhos e sub-empregos ou tem seus sonhos brutalmente ceifados pelas mãos da polícia.

A política de Witzel não pode dar qualquer alternativa à vida dos negros e trabalhadores. Na crise em que o estado do Rio está imerso, apenas um plano de obras públicas que mexa na infraestrutura e saneamento das favelas, periferia e da baixada fluminense é que pode, ao mesmo tempo, oferecer emprego pra milhões de trabalhadores desempregados e dar moradia digna aos trabalhadores e ao povo pobre.

A violência policial que é o “carro chefe” de sua política nada tem a oferecer aos negros a não ser a morte e o aprofundamento do racismo estrutural. A política de “guerra às drogas” só intensifica a repressão agressiva contra os negros, por isso a legalização de todas as drogas é a única forma de combater o monopólio do comércio de drogas - que alimenta o tráfico num patamar, a própria polícia, as milícias e a indústria das armas em outro -, e dar um basta ao genocídio do povo negro e de favela. Exigimos justiça a todas as vítimas da polícia e que possam ser julgado por júri popular. Nos solidarizamos com os familiares e parentes desses 6 jovens assassinados e de tantos outros que a política racista de Witzel vitimou.




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