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VACINA CONTRA COVID | Sai autorização final à imunizante da Pfizer, mas é preciso lutar pela quebra das patentes

Anvisa libera autorização definitiva do imunizante da Pfizer. Mas isso não garante o direito de vacinação. É urgente a necessidade de quebra de patentes, intervenção estatal nas indústrias farmacêuticas e laboratórios, sob controle dos trabalhadores.

terça-feira 23 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Joel Saget/AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira (23) que aprovou o registro definitivo da vacina da Pfizer/Biontech contra a covid-19. É o primeiro imunizante a ter autorização para uso em massa no País - a Coronavac e a de Oxford, por enquanto, só possuem aval para uso emergencial.

A informação foi dada pelo presidente da agência, Antonio Barra Torres, em nota. O imunizante, no entanto, ainda não foi adquirido pelo governo brasileiro, que não concorda com exigências do laboratório. O Ministério da Saúde inclusive recorreu ao Palácio do Planalto pedindo ajuda para resolver o impasse e conseguir destravar a compra do imunizante.

Mas não só o governo negacionista e de extrema-direita de Bolsonaro é o culpado pela não garantia de vacinação universal. Tudo isso, desde as ações desse governo como também a demora da chegada e produção das vacinas, é fruto dos interesses capitalistas. No Brasil, os golpistas garantem que os lucros destes capitalistas estejam acima da vida e direitos da população.

Veja também: "Guerra pelas vacinas": frente à irracionalidade capitalista, anulação das patentes e vacinas para todo mundo.

Para a garantia de vacinação é preciso a liberação de patentes como uma necessidade urgente em face da catástrofe da pandemia. Da mesma forma, é necessária a imediata intervenção estatal de todas as empresas farmacêuticas e laboratórios, para colocá-los sob o controle dos profissionais de saúde e servir a planos racionais de produção e distribuição de vacinas e testes, com vistas à nacionalização dessas empresas sob controle operário, junto com os recursos da saúde privada. O aumento emergencial dos orçamentos de saúde e educação, bem como a contração de profissionais de saúde para garantir a vacinação e evitar o colapso de hospitais, com base em impostos extraordinários sobre grandes fortunas, são outras medidas urgentes. Em vez de continuar a pagar a dívida externa, é necessário impor o cancelamento da dívida dos países semicoloniais para evitar que os custos da crise sejam descarregados sobre as grandes maiorias.




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