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GOVERNO BOLSONARO | STF deu carta branca a corruptos no governo Bolsonaro: caixa 2 de Onyx foi perdoado meses atrás

Do lado de Sérgio Moro há um ministro que recebeu caixa 2. E confessou. Mas não há nenhum barulho do juiz, de Sérgio Moro, da mídia ou do STF. Onyx foi perdoado oficialmente pelo STF há alguns meses. A arbitrariedade do judiciário é patente, sua atuação é política e não tem nada a ver com combate a corrupção. As denúncias e condenações dependem mais das convicções do que das provas e sobretudo do andamento das reformas e do golpismo.

terça-feira 6 de novembro de 2018 | Edição do dia

Onyx Lorenzoni é um recebedor confesso de Caixa 2, segundo matéria do Congresso em Foco. Será ministro e não há nenhum escândalo da mídia. Não há nenhum ruído do judiciário nem do estridente Sérgio Moro. Estão todos acomodados porque nunca quiseram combater corrupção alguma - vale lembrar, corrupção essa que é inerente ao sistema capitalista - mas sim substituir um esquema de corrupção por outro, com a cara da reacionária Lava Jato.

Já faz meses que o STF extinguiu o processo de Lorenzoni por recebimento de caixa 2 e todos querem Onyx podendo atuar livremente para ajudar na aprovação da Reforma da Previdência. Em junho, estava já claro que Lorenzoni teria um dos cargos máximos de eventual governo Bolsonaro.

Através de um ministro do Supremo que é um dos "campeões" da Lava Jato, Fux, o STF extinguiu o processo contra um crime que o agora ministro assumiu publicamente ter praticado.

Com toda cara de pau de mundo Onyx também foi um dos articuladores no Congresso das autoritárias "10 medidas contra a corrupção" defendidas por Moro, Dallagnol e companhia de powerpoints e condenações "sem provas mas com convicções".

O judiciário que tanto atuou para condicionar o resultado das eleições, atuou também para dar todas as melhores condições para que o governo Bolsonaro cumpra suas promessa e trucide o direito dos trabalhadores brasileiros se aposentem.

Fux deu carta branca ao deputado do DEM que atuou livremente como um dos coordenadores de campanha de Bolsonaro e agora coordena a equipe de transição de Bolsonaro e será seu chefe da Casa Civil (cargo que era de Dilma no governo Lula). Onyx é uma peça crucial no novo governo como articulador político junto ao Congresso, lideranças partidárias e baixo clero para implementar os ataques.

O suposto combate à corrupção foi um mote de campanha de Bolsonaro, nem falar do seu midiático ministro Moro. Porém ambos sentam-se ao lado de um confesso recebedor de Caixa 2 que agora nem mais é réu graças a ação de outros amigos togados do STF. Nas mãos desta casta privilegiada e golpista de juízes não há combate algum a corrupção. A corrupção provada está sendo varrida para debaixo do tapete para que o governo Bolsonaro seja um governo forte para conduzir todas privatizações e profundos ataques, começando pela reforma da Previdência.

Pode te interessar o editorial do Esquerda Diário: "É preciso combater o autoritarismo judicial, pilar do golpe e dos ajustes neoliberais"}

Bom lembrar que o crime de caixa 2 era considerado pelo agora ministro Sérgio Moro como "pior que corrupção". A hipocrisia do judiciário, de Moro, da mídia, não tem limites quando se trata de garantir a governabilidade e a reforma da previdência.

O STF atuou como pilar do golpe institucional, apoiado pelas Forças Armadas, e impregna o regime degradado com seu autoritarismo rompante, cuja manipulação eleitoral incessante terminou por colocar Bolsonaro na presidência. Não podemos confiar a batalha contra esse autoritarismo judicial à estratégia de conciliação de classes e pacificação institucional do PT, que nos levou ao caminho do golpe institucional, sem qualquer combate sério, e à desmoralização de sua própria base social pelas intermináveis traições das centrais sindicais desde 2017 (e que até agora, de forma indignante, não apresentam qualquer plano de luta para barrar a reforma da previdência de Bolsonaro-Temer).

Contra essa democracia manipulada por juízes politicamente interessados, é preciso defender que os juízes sejam eleitos pelo povo, revogáveis a qualquer momento e recebam o mesmo salário de uma professora, abolindo suas verbas auxiliares (como o grotesco auxílio-moradia). Para acabar com a farra de empresários e políticos corruptos, que atinge todos os partidos dominantes, todos os julgamentos por corrupção devem ser realizados por júris populares, abolindo os tribunais superiores.




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