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RIO DE JANEIRO | Rio: governador Pezão isenta mais empresas enquanto servidores seguem sem seus salários

Em nova edição do Diário Oficial do Rio de Janeiro, o governador Pezão isenta novas empresas e o perdão de dívidas de empresas atinge valor bilionário.

segunda-feira 5 de junho de 2017 | Edição do dia

Na edição desta segunda-feira, 05, do Diário Oficial (DOERJ) o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, perdoou a dívida de novas empresas. Desta vez as beneficiadas são as atacadistas Puig Brasil Comercializadora deP Ltda, Viks Importação e Exportação Ltda e Mix Certo Distribuidora de Cosméticos, Alimentos e Limpeza Ltda.

Com o perdão da dívida destas empresas, o valor que o governo do Estado do Rio de Janeiro deixou de arrecadar, em desde 2008, chega a cifra de R$ 200 bilhões. A quantia toma proporções ainda mais escandalosas quando comparado com o total gasto pelo governo do Estado com a folha de pagamento dos servidores estaduais, que no mês de janeiro de 2017 custou R$ 2,2 bilhões, ou seja, a dívida perdoada às empresas em nove anos de PMDB no governo do Estado é quase cem vezes maior do que a fatia orçamentária destinada ao pagamento dos trabalhadores estaduais. Somente neste ano foram perdoados R$ 18 milhões das grandes empresas.

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Vale lembrar que esta medida ocorre logo após a Justiça revogar, na semana passada, uma liminar que proibia decretos de concessão, ampliação ou renovação de benefícios fiscais ou financeiros em meio à crise do Estado do Rio à empresas privadas.

O argumento da Subsecretaría de Estado de Desenvolvimento Econômico, pasta que concedeu o benefício fiscal, é de que não haverá perda na arrecadação, além disso alega que "também foram estabelecidos compromissos de aumento de arrecadação, geração de 187 empregos, além de expansão das unidades.” conforme expresso em nota. O governo de Pesão tenta justificar o privilégio do perdão de milhares de reais com a criação de 187 postos de trabalho em um momento onde o número de desempregados no Rio de Janeiro atinge patamares recordes, com 1,2 milhões de desempregados. Se de fato o governo do Estado estivesse preocupado em reduzir o número de desempregados que retirassem os valores dos lucros dos patrões pleiteando a redução da jornada de trabalho para seis horas diárias.

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Atualmente os servidores estaduais sofrem um calote com o não pagamento dos salários referentes ao mês de abril. Pezão afirma que o déficit orçamentário é o motivo do não-pagamento e só o realiza mediante obrigação judicial. Ao mesmo tempo em que para os trabalhadores diz que não tem dinheiro, perdoa a dívida de grandes empresários e é pontual no pagamento da dívida pública. Que sejam os capitalistas que paguem a crise! Já que há um rombo nas finanças públicas que as grandes fortunas sejam taxadas e os impostos sejam progressivos, quem tem mais que pague mais. Em um momento onde os rostos dos corruptos estão mais do que conhecidos que seus bens sejam confiscados e voltem para mão da população. Sem deixar mencionar uma medida mais do que necessária: o não pagamento da dívida pública. Todas estas ações podem se realizar com nossas forças, através de mais demonstrações de força, como foi a greve geral, e a partir de nossa organização enquanto trabalhadores.

Nossas vidas valem mais do que os lucros dos bancos em empresários.




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