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POLÍTICA | Ricardo Nunes, acusado de agressão à mulher, é também contra debater gênero nas escolas

O novo prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) tem um histórico de acusações e investigações de envolvimento em escândalos de uso de dinheiro público, agressão a mulheres e defesa da bancada da bíblia e de projetos reacionários como Escola Sem Partido.

terça-feira 18 de maio de 2021 | Edição do dia

Imagem: ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

O novo prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, foi indicado por Doria nas eleições municipais do ano passado para ser vice de Covas, como parte do fortalecimento das coligações com o “centrão” por parte do PSDB. Agora recentemente, com o falecimento de Covas, é Nunes que assume o posto da prefeitura e junto com ele todo um legado e histórico de investigações por uso de dinheiro público para se beneficiar, por machismo e escândalos em casos de agressão à sua ex mulher, e reacionarismo por defender projetos como o Escola Sem Partido, se colocando contra o debate de gênero nas escolas.

A luta e rechaço contra todo esse histórico do novo prefeito que tem como objetivo seguir com o projeto de ataques de Covas destilando seu reacionarismo, deve começar desde já. É absurdo que o dinheiro público destinado às creches municipais de São Paulo tenha sido usado para favorecer a empresa de dedetização de Ricardo Nunes, quando sabemos bem os inúmeros problemas de estrutura e investimento que as creches paulistas atravessam.

Leia mais: Suspeito de corrupção nas creches de SP e inimigo das mulheres: conheça Ricardo Nunes, vice de Covas

Nunes foi eleito vereador em 2016 e na Câmara fez parte da bancada religiosa, junto com os setores mais conservadores da igreja católica e da extrema direita, defendendo o projeto Escola Sem Partido que buscava perseguir e criminalizar os professores. Se colocou também contra um projeto de lei que previa a “humanização do aborto legal”, erguendo mais uma barreira entre as mulheres e o direito mais do que legítimo a decidirem sobre seus corpos e sobre a maternidade.

Como se não bastasse essas políticas conservadoras, Nunes também é alvo de acusações e investigações por ameaçar e agredir sua ex-mulher em 2011 e por não pagar pensão alimentícia para sua filha. A verdade é clara, Ricardo Nunes é um reacionário envolvido em casos de agressão a mulheres, e por isso é contra debater gênero nas escolas, contra o direito das mulheres e da população LGBTQI+.

É preciso ter claro sobre quem é e qual o histórico do novo prefeito de São Paulo, para que os trabalhadores já se coloquem contra o reacionarismo misógino de Ricardo Nunes expresso nas políticas que defende, assim como possam se organizar desde já contra os ataques que certamente virão das mãos de Nunes, como continuidade do projeto de Covas e do PSDB de descarregar a crise sobre as costas dos trabalhadores, das mulheres, negros e LGBTs.

Leia mais: Com o débil Ricardo Nunes, veremos embate entre MDB, PSDB e DEM pelo legado de ataques de Covas em SP




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