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DESIGUALDADE SOCIAL E DE GÊNERO | Relatório mostra que 22 homens no mundo possuem mais riqueza que todas as mulheres na África

Segundo relatório da Oxfam, que está produzindo dados de desigualdade social no mundo às vésperas do Fórum Econômico Mundial de Davos, o número de bilionários no mundo duplicou nos últimos dez anos, concentrando mais riquezas que 60% da população mundial.

segunda-feira 20 de janeiro de 2020 | Edição do dia

O relatório aponta que 2,1 mil bilionários pelo mundo concentram mais riquezas que 4,6 bilhões de pessoas mais pobres do planeta, e os 22 homens mais ricos do mundo têm mais riquezas concentradas do que todas as mulheres da África juntas.

Se esses 2,1 mil bilionários pagassem apenas 0,5% de imposto extra sobre as riquezas que detêm, seria o suficiente para gerar 117 milhões de novos empregos. Ainda sobre as mulheres, o relatório também destaca que meninas e mulheres pobres pelo mundo acumulam 12,5 bilhões de horas de trabalho não remunerado todos os dias. Em um ano, isso representaria US$ 10,8 trilhões por ano.

A Oxfam também aponta que líderes como Trump e Bolsonaro são exemplos da tendência a aumentar a desigualdade social a nível mundial, já que seus governos oferecem medidas para que os mais ricos do mundo paguem ainda menos impostos.

Além disso, em relação às mulheres, esses governos aprofundam ainda mais o machismo e toda exploração e opressão de gênero, fazendo com que sejam as mulheres, sobretudo as negras e imigrantes, que paguem pela conta da crise capitalista.

No segundo ano de Bolsonaro, ataques como os que já passaram em 2019 estão previstos na agenda de Paulo Guedes que será exibida amanhã em Davos, sobretudo aos serviços de saúde e educação, ao funcionalismo público em geral e aos direitos trabalhistas de toda a população, ataques que atingem em cheio às mulheres mais pobres.

Nós do grupo internacional de mulheres Pão e Rosas impulsionamos um feminismo socialista, antiracista, antiimperialista, que não aceita uma realidade na qual os 22 homens mais ricos do planeta detêm mais riquezas que todas as mulheres africanas e lutamos não por uma “igualdade com os exploradores”, para que dos 22 mais ricos, 11 sejam mulheres, mas para que as milhares de mulheres trabalhadoras, jovens, que estão amargando a conta da crise capitalista, possam se organizar a partir de cada local de trabalho e estudo e serem protagonistas de processos da luta de classes como estamos vendo na América Latina e na França para dar uma saída de fundo contra toda desigualdade social e para que a crise seja paga pelos capitalistas.




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