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UNICAMP | Reitoria da Unicamp quer encerrar discussão com estudantes às pressas para atacar bolsas

Na próxima terça-feira acontecerá uma nova reunião da CEPE (Comissão de Ensino, Pesquisa e Extensão), e os estudantes irão fazer ato presencial como continuação das mobilizações contra os novos critérios para a concessão de bolsas permanência que a reitoria de Marcelo Knobel quer impor.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

segunda-feira 2 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Arquivo

Esse novo ataque da reitoria vem em um contexto de crise econômica que se aprofunda com a crise pandêmica, onde milhares de vidas foram ceifadas pela atuação negacionista e anti-operária de Bolsonaro, mas também de Doria que não garantiu o mínimo, como testes massivos, para barrar o avanço do novo coronavírus no estado. Pelo contrário, também aproveitou a pandemia para aprovar seu PL 529, de ataque e privatizações dos serviços públicos.

Nesse cenário, como explicamos aqui, a Reitoria da Unicamp e o CONSU, por meio da CEPE, tentou aprovar seus novos critérios, que na prática significam cortes de bolsas de permanência e o avanço do caráter meritocrático das mesmas, em setembro. Mas não conseguiu aprovar devido à mobilização do movimento estudantil que respondeu a essa imposição autoritária da reitoria com uma assembleia de 700 estudantes, tirando ações como um abaixo assinado, Grupos de Trabalho estudantis e um forte ato dos estudantes, saindo da Moradia até a frente da reitoria no dia da votação.

Como resposta a isso, a reitoria impôs um Grupo de Trabalho, para supostamente formular uma proposta em comum. Nesse GT, onde os estudantes são minoria, apesar de serem os principais afetados pela medida e serem maioria da universidade, os membros que representam a reitoria vêm comprovando que não querem de fato debater, mas impor seus ataques.

Nós da Faísca, desde o início, alertamos a armadilha presente nesse espaço anti-democrático, que busca desviar a força estudantil. Os passos que o GT Indicadores da reitoria vêm seguindo nos mostra que não podemos esperar que ele nos leve a um "consenso" no tema da permanência estudantil, pois a reitoria já provou que não compartilha dos mesmos interesses dos estudantes e que não quer abrir mão de aplicar os ataques, mas sim tentar fazer os estudantes abrirem mão das suas pautas.

Nada explica por que a reitoria quer acelerar a aprovação dos novos critérios e inclusive encerrar os debates no GT às pressas, se as novas regras seriam implementadas somente no processo seletivo para 2022. A única explicação é justamente desarticular a luta estudantil, aproveitando-se da pandemia.

Por isso, nós da Faísca assinamos o abaixo-assinado impulsionado pelos bolsistas em luta pela continuidade dos debates no GT, mas reforçamos que o essencial é aprofundar nossa auto-organização independente da reitoria, fortalecendo nossas assembleias e reuniões nos Institutos para barrar seus ataques e lutar pela permanência que queremos.

Precisamos unificar o movimento estudantil para defender aqueles que mais estão pagando por essa crise, como são os estudantes pobres e os trabalhadores da universidade. Nossa força é coletiva, assim como as decisões e rumos da nossa luta.

Somos parte do chamado ao ato do dia 3/10, com concentração na Moradia às 9h e chamamos as entidades estudantis, como o DCE, que não estava presente no último ato, e os Centros Acadêmicos, a organizarem os estudantes pela base para dar continuidade à nossa mobilização.




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