terça-feira 5 de setembro de 2017 | Edição do dia
Dois mandados de prisão preventiva, contra Arthur César de Menezes Soares Filho e Eliane Pereira Cavalcante, em operação conjunta com o Ministério Público Financeiro da França que investiga a compra de votos de membros do Comitê Olímpico para a escolha da sede das Olimpíadas.
O Rio 2016 teria custado 2 milhões de dólares, na cotação do COI. O pagamento chegou a Lamine Diack, membro do COI, por transferência realizado pela Matlock Capital Group, com sede em Miami, cujo dono é ninguém menos que Arthur Cesar de Menezes Soares Filho. O “Rei Arthur”, para alguns, é dono também da Facility Group que deteve, durante o governo Cabral, 3 bilhões de contratos terceirizados com o governo do Estado.
A força-tarefa da Lava-Jato no Rio teria entrado um pouco atrasado na investigação, já que quem recebeu a propina cumpre prisão domiciliar na França desde o ano passado. O diferencial desta vez é a investigação sobre o envolvimento de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico brasileiro que é um dos alvos dos 11 mandatos de busca e apreensão.
Lamine Diack, ex atleta e membro do Comitê Olímpico Internacional até 2015, e que agora cumpre prisão domiciliar na França por tráfico de influência, é acusado de vender os votos pelas decisões das sedes no Rio de Janeiro e em Tóquio. A decisão pelo Rio ocorreu em 2009 e Tóquio em 2013, segundo investigação do Ministério Público Financeiro Francês.
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