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Reforma tributária de Paulo Guedes pode aumentar mensalidades de faculdades privadas

Num cenário onde as aulas deixaram de ser presenciais e foram substituídas pelo excludente ensino à distância, mesmo que uma grande parcela da população brasileira não possua acesso à internet, o aumento nos valores das mensalidades se torna ainda mais um empecilho para aqueles que desejam ter acesso à educação superior.

sábado 15 de agosto de 2020 | Edição do dia

A reforma tributária levada à frente pelo ministro da economia Paulo Guedes pode fazer com que os valores das mensalidades de faculdades particulares aumente. O acréscimo ficaria na faixa dos 6% até 10,5%, segundo o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular. Esse impacto se deve à unificação dos impostos PIS e COFINS em um novo imposto, chamado de CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços.

Esse aumento, por mais que seja um retrocesso por si só, ainda acontece num contexto muito específico da economia: a pandemia. Num cenário onde as aulas deixaram de ser presenciais e foram substituídas pelo excludente ensino à distância, mesmo que uma grande parcela da população brasileira não possua acesso à internet, o aumento nos valores das mensalidades se torna ainda mais um empecilho para aqueles que desejam ter acesso à educação superior.

Outro fator relevante são os índices de desemprego e informalidade, que batem recorde durante a pandemia. Nesse contexto, mensalidades mais altas causam um impacto ainda maior às famílias de mais de 10 milhões de brasileiros de classes médias e baixas que recebem até R$3.145 per capita.

Para barrar tais ataques é necessário a organização dos estudantes. No ano de 2019, os estudantes mostraram que possuem força de sobra para lutar contra reformas, como se expressou no dia 15 de maio e em outras manifestações posteriores contra os cortes na educação. Porém, as entidades estudantis, como a UNE, devem cumprir um papel de mobilização da juventude para que essa força seja vitoriosa na defesa contra os ataques liberais e privatistas do governo Bolsonaro.

Com essa mobilização ativa da juventude é possível barrar os ataques como esse aumento das mensalidades, e ainda avançar para outras questões que de fato questionem esse sistema como a implementação do ensino à distância tanto em instituições de ensino particulares quanto públicas e estatização de universidades privadas aliado com o fim do vestibular.




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