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Entrega do petróleo | Recém empossado, Adolfo Sachsida, já entrega estudo de privatização da Petrobras à Guedes

Novo ministro de Minas e Energia de Bolsonaro entregou um estudo de intenções de privatização da Petrobras nesta quinta-feira (12/05) ao ministro ultraliberal da economia Paulo Guedes. Saschsida que em seu discurso de posse já disse que não irá alterar a política de preços dos combustíveis, ou seja, irá manter em patamares estratosféricos, chega para dar continuidade e aprofundar a crise sobre as costas dos trabalhadores e do povo pobre.

quinta-feira 12 de maio de 2022 | Edição do dia

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Adolfo Sachsida, recém empossado como novo ministro de Minas e Energia de Bolsonaro, entregou nesta quinta-feira (12/05), a Paulo Guedes, um pedido para iniciar os estudos de privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), a estatal responsável por comercializar o óleo e o gás extraídos da camada do pré-sal. Após a reunião, Paulo Guedes afirmou que encaminhará a proposta à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos para análise.

“O Adolfo [Sachsida], ministro de Minas e Energia, me entrega isso hoje e encaminho imediatamente à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos para que ela faça uma resolução Ad referendum e inicie os estudos. Isso deve ser feito hoje mesmo e vamos dar sequência aos estudos para a PPSA e, depois então, para o caso da Petrobras”.

Ontem, em seu primeiro discurso como ministro, Sachsida afirmou que é urgente dar prosseguimento ao processo de privatização da Eletrobras e que vai priorizar os estudos para a privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. Ele antecipou que seu primeiro ato como ministro seria solicitar a Paulo Guedes, presidente do conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a inclusão desses novos estudos de privatização.

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Saschida é um bolsonarista braço direito de Paulo Guedes e segue a mesma lógica de governo tanto de Guedes quanto de Bolsonaro: ajuste fiscal para atender o interesse dos empresários, monopólios imperialistas e fazer com que os trabalhadores e a população paguem a conta da crise econômica.

A alta dos combustíveis nos últimos meses só vem agravando ainda mais a situação financeira dos trabalhadores que vêm sofrendo com a miséria imposta pela inflação e o desemprego. Os combustíveis impactam diretamente no preço dos produtos consumidos e também pesa no bolso dos trabalhadores que dependem de combustíveis. O aumento ocorre devido a paridade com os preços internacionais, que condiz em elevar o preço conforme sobe o preço internacional do petróleo. Uma política totalmente absurda que só serve para enriquecer os acionistas estrangeiros que hoje são donos de 50% dos lucros da Petrobras.

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O processo de privatização da Petrobras representa o principal motivo do porquê da alta dos combustíveis. A privatização não começou com Bolsonaro e os militares, começou com os tucanos e continuou acontecendo nos governos do PT, mas ela aumentou muito desde o golpe em 2016 e principalmente com Bolsonaro.

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A Petrobras é a maior empresa do país e é também um símbolo do país a luta contra a privatização dessa empresa, da Eletrobrás, e tantas outras empresas que precisam virar uma luta de toda a classe trabalhadora. A privatização arranca essas riquezas do país e enriquece os acionistas e magnatas de Wall Street, assim como seus amigos daqui. A conta é paga pelos trabalhadores, da empresa que cada dia são submetidos a um trabalho mais arriscado com menos gente para assim aumentar o lucro e por cada brasileiro quando vai abastecer seu carro, sua cozinha de um botijão.

No ED Comenta de hoje, Eduardo Maximo, bancário no Distrito Federal, fala sobre o novo aumento no preço do diesel que impacta indiretamente na inflação e no preço dos alimentos e aprofunda ainda mais a fome e carestia de vida de grande parte da população enquanto a Petrobrás lucra bilhões que vão diretamente para os acionistas e capitalistas. Bolsonaro e Guedes fazem os trabalhadores e a população pagarem pela crise enquanto mantêm os lucros dos empresários e capitalistas.




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