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SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL À LUTA DA MABE | Raul Godoy, operário de fábrica ocupada na Argentina se solidariza com a luta da MABE

Sou Raul Godoy, operário de Zanon há 23 anos. Sou militante do PTS e agora sou deputado do PTS na Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT em espanhol) no Estado de Neuquen.

sábado 20 de fevereiro de 2016 | 00:00

Sou Raul Godoy, operário de Zanon há 23 anos. Sou militante do PTS e agora sou deputado do PTS na Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT em espanhol) no Estado de Neuquen.

Sou operário de uma fábrica que em 2001 a patronal tentou fechar e deixar mais 300 famílias na rua. E nós resistimos, dissemos que os trabalhadores e nossas famílias não temos que pagar as crises geradas pelos capitalistas. Então ocupamos a fábrica e pedimos muito o apoio da comunidade e fizemos toda a população entender que defender Zanon e a manutenção dos postos de trabalho era uma defesa de todo o povo trabalhador.

Por isso tivemos muita solidariedade de estudantes, organizações políticas, organismos de direitos humanos. Também fomos bater nas portas das casas, convidar e difundir nossa luta a todas organizações solidárias na universidade. E assim se foi tecendo, se formando uma solidariedade muito importante com nossa luta e Zanon se tornou uma causa popular. Esta força fez com que Zanon funcionasse por 10 anos sobre controle operário e assim conquistamos a expropriação da fábrica.

Por isso quero enviar todo meu apoio à luta dos trabalhadores da MABE e todo nosso apoio desde Neuquen aos trabalhadores que ocupam a fábrica. Que tenham muita força nesta luta e a comunidade tem de entender que a luta de vocês é a luta do povo trabalhador para que a crise não seja paga pelos trabalhadores, que seja paga pelos que a geram todos os dias, os capitalistas e seus governos.

Por isso vocês tem de seguir resistindo, gerar muitos laços de solidariedade e vão ser os trabalhadores, os estudantes e o povo os que vão defender MABE, os postos de trabalho e esta luta que tem que ser uma bandeira muito importante para todos os trabalhadores.

Desde já uma saudação militante e internacionalista porque os capitalistas e seu dinheiro não possuem fronteiras, eles fecham as fábricas e vão para outros países e os trabalhadores também não temos que ter fronteiras. Temos que exercer a solidariedade internacional que é a que nos faz fortes.

Então desde a Argentina, desde Neuquen, um abraço muito forte aos companheiros e companheiras e suas famílias, que neste caso também podem cumprir um papel muito importante.

Quando estava muito dura nossa luta em Zanon, faz já muitos anos, se formou uma comissão de mulheres, com esposas, irmãs e trabalhadoras que organizaram também a solidariedade. E foi muito importante também esta comissão de mulheres que assumiram este conflito em suas mãos, porque são as mulheres que sofrem duas vezes mais opressão; no trabalho, mas depois também em casa e com a família, que mais sofrem as consequências destas demissões. Por isso é importante que se somem à luta porque quando uma mulher se soma à luta, então a batalha se fortalece e não há quem possa parar.

Por isso, uma vez mais toda nossa solidariedade, um forte abraço e muita força na luta que estão encarando.




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