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COMBATE À LGBTFOBIA E O RACISMO | Racismo e LGBTfobia: Estudantes da UFRJ debatem uma resposta ao assassinato de Diego

Diante de mais um brutal assassinato, do ódio aos negros e lgbt’s, foi organizado no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais/Instituto de Historia da UFRJ o debate: "Racismo e Lgbtfobia também matam na UFRJ".

Rodrigo Leon@RodHeel

quinta-feira 7 de julho de 2016 | Edição do dia

A Faísca - Anticapitalista e Revolucionária convocou a roda de conversa convidando Carolina Cacau (pré candidata a vereadora do Rio de Janeiro) e Virginia Guitzel (militante travesti da Faísca) para participar, os estudantes da UFRJ discutiram como o Racismo e a LGBTfobia está presente nos espaços acadêmicos, presentes no Rio de Janeiro, presentes no capitalismo.

A morte de Diego no campus do Fundão da UFRJ impulsionou o debate para quais medidas os estudantes tem que refletir e pautar nas assembleias e todos os espaços onde convivem para lutar contra que, brutalidades como essa deixem de ocorrer não apenas na universidade, mas nas ruas, nas favelas, locais de trabalho.

Virginia fez um levantamento de um momento histórico da década 60, onde foi a primeira vez que varias pessoas que se identificam como um coletivo que é reprimido pela sua sexualidade, pela sua identidade de gênero, se organizaram para lutar e que é chamado a "Revolta de StoneWall", e que mesmo assim, 47 anos depois, ainda assim é possível saber que 49 pessoas foram mortas em uma boate e que o recado dado foi que, infelizmente, "os lugares seguros" estão ameaçados.

"Precisamos pensar como retomar os métodos de Stonewall, para poder oferecer uma resposta contundente contra essa direita que aparece, não só no Brasil, como em outros lugares do mundo [...] E ir além, garantindo a partir da Ufrj e outras universidades, locais de trabalho, como organizar uma nova revolta que traga novamente o direito de viver dos negros e Lgbt´s e que leve até o final essas questões" Veja mais aqui.

A discussão levantou ações de mobilização entre os presentes, as propostas foram:

  •  A integração ao ato que ocorrerá nessa sexta-feira (08/07/) na reitoria: "Pela memória de Diego e autodefesa negra/cotista" convocado pelo EECUN (Encontro de Estudantes e Coletivos Universitários Negros)
  •  Campanha de Repúdio a morte de Diego.
  •  Que se forme uma comissão do Movimento Estudantil, Movimento Negro e Movimentos Lgbt´s para acompanhar o caso.
  •  Que a Reitoria paralise de fato a universidade para debater o Racismo e a Lgbtfobia.

    Todas as propostas foram levantadas para conseguir dar uma resposta a altura dessa brutalidade em uma das universidades com maior reconhecimento acadêmico do País.

    Naturalização da violência e seus reflexos na sociedade.

    "O falso mito de uma universidade democrática e inclusiva serve de cobertura aos casos de LGBTfobia, racismo, naturalizando estes casos como se eles não existissem, institucionalizando-os. Achar que é não é nada demais ou um caso isolado as pichações com os dizeres “morte aos gays da UFRJ” em banheiros da PV, tratar isto com naturalidade é o mesmo que dar abertura para que reacionários, direitistas, adoradores de Bolsonaro, atuem abertamente negando a existência da LGBTfobia e do racismo em geral e desta forma dando cobertura à este tipo de crime." Por Jean Ilg neste texto.

    Destas palavras citadas acima, tivemos o exemplo em um comentário feito no evento da Faísca - Anticapitalista e Revolucionaria em seu evento "Racismo e Lgbtfobia também matam na UFRJ".

    A Faísca Anticapitalista e Revolucionaria (assim como o Esquerda Diário também) é contra qualquer forma de preconceito, em qualquer nível, em qualquer lugar e sempre estaremos dispostos a lutar contra as opressões do mundo capitalista, portanto, não aceitaremos de forma alguma que esses setores que legitimam o racismo, homofobia, machismo se levantem dentro das universidades, que expressam em seu caráter geral uma direita que vem se organizando não só no Brasil nas figuras de Bolsonaro, Feliciano e Cunha, mas internacionalmente com Trump (E.U.A), Jean-Marie Le Pen (França), Nigel Farage (Inglaterra).




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