sexta-feira 10 de novembro de 2017 | Edição do dia
William Waack, jornalista da Globo, foi afastado depois da divulgação de um vídeo em que Waack diz para colega que as buzinas que o incomodaram antes do início das gravações seria “coisa de preto". O comentário racista se Waack repercutiu na internet, gerando muitos repúdios e seu afastamento da rede globo.
Após noticiado o afastamento, Rachel Sheherazade, jornalista do SBT, saiu em defesa de Waack. Em sua página pessoal do Facebook usou o argumento mais comum da direita, alegando que seria inveja e obra da esquerda, que ela como tantos outras personalidades da direita brasileira chamam de “esquerdistas acéfalos”.
Rachel também é protagonista de muitas falas lgbtfobicas e racistas. Em 2015, um jovem negro foi amarrado em um poste em São Luís do Maranhão após ter roubado um bar e foi exaustivamente espancado. O caso repercutiu nas mídias, e Rachel defendeu o linchamento do rapaz, dizendo ser justificável. Além disso, ela também cita outros jornalistas já conhecidos por seu jornalismo racista, lgbtfobico e machista, como Reinaldo Azevedo.
Waack está em frente à Casa Branca, em Washington, Estados Unidos, quando um carro começou a buzinar na rua, daí o apresentador apresentou ao publico uma demonstração de seu racismo:
"Tá buzinando por que, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei quem é", disparou ele, para depois cochichar ao comentarista que estava do seu lado: "É preto. É coisa de preto!".
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É bastante icônico que seja uma jornalista como Rachel Sheherazade que venha se manifestar em defesa do comentário racista de Waack, com um vasto passado de um jornalismo conservador e reacionários. No Brasil, 43 mil jovens negros morrerão em 7 anos, fruto de uma sociedade racista e genocida. É preciso escancarar e combater o racismo.
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Fonte da Foto: TV Foco