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CORONAVÍRUS | RJ alcançou em maio o mês com mais mortes no século: Bolsonaro e Witzel são responsáveis

O RJ registrou 10277 mortes em maio. O colapso do sistema de saúde no RJ fez aumentar em 90% o número de óbitos em casa.

sexta-feira 26 de junho de 2020 | Edição do dia

Segundo dados do Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foram 1561 mortes em casa no mês de maio, no mesmo mês em 2019 foram 820. Só por COVID-19, sem contar os casos subnotificados, a cidade do Rio de Janeiro passou de 6000 mortes nessa semana. A falta de testes, de um programa de quarentena racional aos infectados, de investir em novos leitos e profissionais da saúde são as causas. Bolsonaro, Witzel e Crivela são os responsáveis.

Com todo o sistema voltado para atender casos do novo coronavírus, pessoas que sofrem de outras enfermidades acabam ficando sem atendimento ou com medo de buscar atendimento pelo risco de contaminação, sobretudo conhecendo o caos dos corredores dos hospitais e postos de atendimento. Morrem em casa sem amparo e atendimento de qualquer espécie. Em abril a capital fluminense já havia batido recorde de mortes em um mês, foram 8692. A tendência é bater novo recorde em junho. Um verdadeiro crime do Estado capitalista em função de manter os lucros dos empresários e banqueiros.

Desde o início da pandemia Bolsonaro com seu negacionismo genocida e seu governo repleto de militares mostrou que não se importava com a vida da população, e hoje afirma que houve “excesso de preocupação” com COVID 19. Witzel se colocou no campo de "setor consequente" em oposição a Bolsonaro, mas em momento algum ofereceu medidas básicas como testes para todos que apresentava sintomas e quem teve contato com eles, deixou faltar EPIs nos hospitais e não ofereceu máscaras e álcool em gel para o povo. Pelo contrário: enquanto a crise se agudizava, ele deixou a polícia continuar matando nas favelas, tirando a vida de jovens em maioria negros, como foi com João Pedro.

O Portal da Transparência de Registro Civil, em maio, registrou 8730 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARG). Enquanto isso Wilson Witzel é investigado na Operação Placebo que investiga fraudes nas licitações dos hospitais de campanha na ordem de 770 milhões. Hospitais que não ficaram prontos a tempo para atender a demanda fazendo com que cerca de 2000 pessoas morressem nas salas amarelas e vermelhas das emergências.

A população pobre e trabalhadora do RJ, majoritariamente negra, quando não morre pelas mãos da polícia racista que atira primeiro, inclusive em crianças, e forja a cena de confronto depois, morre pela COVID-19 ou por falta de atendimento de saúde. É esse Estado que enquanto mata ou deixa morrer faz de tudo para flexibilizar a quarentena e favorecer os interesses dos empresários capitalistas. O que nos joga em um contexto de guerra de classes, pois são eles ou nós a pagar por essa crise. Eles poderão pagar com seu dinheiro e seus bens, mas não farão isso de livre e espontânea vontade. Nós continuarmos a morrer com a crise descarregada sobre nossas costas.

Para que sejam eles precisamos nos organizar em cada local de trabalho, estudo e moradia para tomar em nossas mãos uma saída que jamais os políticos burgueses ou os capitalistas darão. Somente uma auto organização desde a base dos trabalhadores, exigindo que os representantes e burocratas sindicais, inclusive as grandes centrais (como CUT e CTB) mobilizem todos os sindicatos que dirigem para lutar pela vida. Mas não apenas em palavras e de forma abstrata e eleitoreira, e sim colocando toda a força da classe trabalhadora para converter a indústria sob controle operário a produzir tudo o que for necessário para combater a pandemia e responder à crise econômica em função de salvar vidas e não de gerar lucro para meia dúzia de capitalistas. Nos juntemos aos entregadores de aplicativos dia 1º de julho em uma só classe, pois, nossas vidas valem mais que os lucros deles!




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