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RACISMO | RACISMO: Bancos nos EUA negam mais empréstimos pra negros e latinos do que brancos

Os bancos, instituições que lucram quantias bilionárias todos os anos, explorando cada trabalhador vivo, escancaram também seu caráter racista. Pesquisa mostrou que negros e latinos tem muito mais financiamentos negados do que os brancos.

quarta-feira 21 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Uma pesquisa realizada pelos jornalistas Aaron Glantz e Emmanuel Martinez na Reveal, publicada no The Center for Investigative Reporting, expôs mais uma das muitas faces do racismo na sociedade: o levantamento feito pelos jornalistas com dados do período de 2015 e 2016, que também abrange o governo de Barack Obama, denunciou que negros e latinos tinham mais pedidos de empréstimo de bancos negado do que os brancos.

As cidades que mais ocorreram a negação dos pedidos foram aquelas com maior histórico de racismo: Mobile, no Alabama, Greenville, no sul do país e na Carolina do Norte, e Gainesville, na Flórida. Para latinos, a maioria das negações ocorreram em Iowa City. Entretanto, os impedimentos de negros e latinos para obter o financiamento foi maior em todos os Estados.

Rachelle Faroul: um caso de muitos

Rachelle Faroul é uma mulher negra, reunia todas as exigências do banco: estava empregada como professora de programação de computadores, tinha um diploma de nível superior e boa pontuação de crédito. Ao fazer o pedido da carta de crédito para financiar uma casa na Filadéfia foi negada. Não apenas uma vez, mas duas.

Rachelle Faroul. Foto: Sarah Blesener Para Reveal From The Center For Investigative Reporting)

Racismo em múltiplas facetas

O povo negro sofre com o racismo em dezenas de situações em todas as partes do mundo. Não apenas são a maioria das pessoas em condições precárias de trabalho, sofrendo para obter condições básicas de vida como moradia, como tem um direito básico negado ainda quando possuem todas as "qualificações" requeridas pelos bancos.

O capitalismo lucra em cima das vidas negras até sua morte, usam do racismo para oprimir ainda mais o povo negro. A polícia, cão de guarda do Estado, está sempre a postos, para tirar vidas negras à todo momento.

Os dados analisados, que também pegam o período do governo de Obama, mostram como não há saída para o fim do racismo se não a luta contra o capitalismo, que se apoia nas opressões para explorar ainda mais.

A violência policial que persegue a realidade dos negros é uma constante, tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, como a prisão de Rafael Braga, que repercutiu em todas as mídias.

Mas a comunidade negra dos EUA sempre procurou suas ferramentas de luta para resistir e lutar contra o racismo, como com o surgimento do movimento Black Lives Matter, que denunciou a violência institucional declarada contra os negros e reacendeu no principal país imperialista o debate sobre a atualidade do racismo que segue assassinando jovens negros todos os dias.




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