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SEGURO DESEMPREGO | Quase 3 milhões sem seguro desemprego, que não dá conta do aumento das demissões

Com os aumentos seguidos do desemprego no país, está mais difícil o retorno ao trabalho com carteira assinada. Enquanto ficam subempregados ou desempregados, nem as 5 parcelas (limite máximo) do seguro-desemprego dão conta do tempo até o retorno ao trabalho mais estável.

sábado 28 de maio de 2016 | Edição do dia

O Ministério do Trabalho declarou que no mês de maio mais de 542 mil pessoas deixaram de receber o seguro sem conseguir uma relocalização no mercado de trabalho formal. Com esse número já são 2,86 milhões de brasileiros que não conseguiram voltar a ter carteira assinada ao fim do prazo do seguro-desemprego.

Segundo dados do IBGE, nas 6 principais regiões metropolitanas do país, mais de 30% dos desempregados estão sem carteira assinada há mais de 6 meses. Em um país como o Brasil o desemprego significa o mercado de trabalho informal, a incerteza de falar se está empregado ou não, e não ter a cobertura dos direitos e garantias da CLT. Os dados de desemprego do IBGE tentam dar conta de avaliar esse mercado de trabalho informal, mas nas pesquisas por vezes os “bicos” e “diaristas” não são contabilizados como trabalhadores.

No mês de abril foram fechados 62 mil postos de trabalho, que são vagas que não serão repostas e dificultarão ainda mais para quem está sem carteira assinada. No ano passado foram 2,65 milhões de trabalhadores que receberam sua última parcela do seguro-desemprego sem uma recolocação no mercado de trabalho, esse número acaba de aumentar em mais de 200 mil, expressando as dificuldades de se conseguir um novo emprego.

Com a crise econômica se aumentam as dificuldades por um trabalho com carteira assinada, aumenta a competição por uma vaga e, para a grande maioria que vem sendo demitida, aumentam os trabalhos precários e o assédio moral.




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