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RACISMO | Quarentena aumenta domésticas forçadas a viver na casa do patrão

Sob o pretexto de isolamento, patrões obrigam domésticas a morarem em suas casas e trabalharem sem horário definido.

segunda-feira 13 de julho de 2020 | Edição do dia

No meio da crise, a herança escravocrata se escancara cada vez mais. Segundo matéria publicada pelo O Globo, o abuso de patrões contra trabalhadoras domésticas durante a quarentena.

Os relatos mais comuns remetem a patrões que obrigam que as empregadas cumpram a quarentena em suas casas, sendo impedidas. Dessa forma, as empregadas não apenas ficam impossibilitadas de ir pra casa quando muitas vezes tem filhos para cuidar. Além disso muitas veze são obrigadas a trabalhar muito mais horas.

Ao mesmo tempo que superexploram suas empregadas, muitas vezes esses patrões tem a possibilidade de fazer home office. Ou no caso de terem que trabalhar, estão submetendo as empregadas ao risco do contágio, como no caso da primeira morte de covid registrada no Rio, de uma empregada doméstica que contraiu da patroa que esteve de férias na Itália. Para isso se apoiam na lei aprovada por Bolsonaro e em diversos estados que declaram trabalho doméstico como serviço essencial, demonstrando que o racismo está encrustado na estrutura social brasileira.

Esse aumento de abusos tem como resultado casos como o de Mirtes, cuja patroa matou seu filho Miguel, de apenas 5 anos no Recife. Ou o caso da idosa resgatada em condições análogas a escravidão na casa de uma executiva da Avon.

Frente a odiosa face do racismo exposta, precisamos nos inspirar na luta anti racista que surgiu nos EUA, que tem levado vários trabalhadores do mundo todo a questionar o racismo e o capitalismo. No último sábado, nos da MRT e da Fração Trotskysta - Quarta Internacional organizamos um ato antiracista internacional e convidamos todos a assistirem!




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