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NOVO FIES | Proposta do Novo Fies quer arrancar 30% do salário pós-formatura

O projeto de Temer para o Fies visa arrancar 30% do aluno recém-formado, como via de combater a inadimplência e garantir o lucro dos empresários da educação e dos banqueiros.

quarta-feira 5 de julho de 2017 | Edição do dia

Com o desemprego e inadimplência em alta, o governo de Temer irá anunciar um novo plano para proteger ainda mais o lucro dos empresários da educação e dos banqueiros. A medida prevê retirar do bolso do aluno formado assim que arranjar um emprego, descontando quase 1/3 de seu salário. Ainda não definiu um prazo para acionar o fiador e fundo garantidor, mas tudo indica que irá reduzir o prazo.

Atualmente a taxa de inadimplência fica em torno de 53%, destes, 27% acima de 360 dias. Com o cenário alarmante de desemprego beirando os 14 milhões de brasileiros, a tendência geral que se tem visto é o aumento destas dívidas.

Outros ponto que Temer quer alterar é o cálculo do valor total ta dívida. No modelo atual, no momento de assinar o contrato não se tem o valor total, pois é corrigido de acordo com o reajuste das mensalidades. Na proposta que será apresentada, de acordo com a Folha, será conhecido o valor total no momento da assinatura.

Além destes pontos irá dividir o programa em duas modalidade: Fies "público" e Fies "privado". No chamado "público" criará um novo fundo garantidor do dinheiro das faculdades privadas, contando com um repasse do governo de R$ 2 bilhões mais uma suposta contribuição das instituições de ensino. A renda familiar exigida é de até 3 salários mínios.

O "privado" eleva a renda familiar até 5 salários mínimos e as taxas de juros são fixadas pelos bancos e vão variar de acordo com cada caso. O projeto contará com recursos dos fundos de desenvolvimento regional do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, repassando dinheiro para os bancos que irão emprestar para o Fies.

A previsão de lançamento do Novo Fies é para esta quinta (6). Temer irá manter mais 75 mil inscrições para o segundo sementre deste ano com as regras atuais. O novo projeto que ataca diretamente o estudante pobre para garantir o alto lucro dos bancos e donos da educação privada valerá a partir de 2018.




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