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sábado 4 de abril de 2015 | 01:27

Militantes do Revolutionary People’s Liberation Party-Front (DHKPC) invadiram a corte de Istambul e fizeram refém nesta semana o promotor Mehmet Selim Kiraz, responsável pelas investigações do caso de Berkin Elvan, jovem de 15 anos ferido na cabeça com um tiro de bomba de gás da polícia durante manifestações contra o governo em 2013. Após 269 dias de coma, o jovem faleceu. Sua morte causou uma comoção nacional com manifestações de milhares ao longo do país, e transformou Berkin em um ícone da esquerda contra o autoritarismo do governo.

Os militantes do DHKPC exigem que os policiais envolvidos no assassinato do jovem façam uma confissão pública em rede nacional, e que sejam julgados em júri popular, exigem também a retirada de todas acusação aos participantes das manifestações em solidariedade à Berkin Elvan.

Mais um fato a somar na complicada situação política turca, que vem atravessada cada vez mais por escândalos contra o governo e diversas manifestações, não só de juventude que explodiram após o caso da praça Taksim, mas também fortes greves operárias, massivas manifestações, por exemplo, contra absurdo caso do assassinato da jovem de 20 anos Özgecan Aslan, além da questão curda que segue latente no país e que há um mês atrás mobilizou dezenas de milhares no sudeste da Turquia exigindo liberdade para Abdullah Öcalan, dirigente e ex guerrilheiro curdo preso em 1999.

Frente a insatisfação que explode no país, a resposta do governo é intensificar a repressão. Acaba de ser aprovado uma lei de segurança que leva o nome de “Reforma de segurança interior”, que além de autorizar o bloqueio de páginas de internet, e a liberdade por parte do governo para realizar interrogatórios e escutas telefônicas, tudo sem autorização judicial, reforça a capacidade de repressão por parte da polícia autorizando o uso de armas de fogo em diversas situações contra manifestantes.




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