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CRISE NA USP | Projetos Sociais em perigo

Além da crise orçamentária da USP afetar programas de permanência estudantil em todas as unidades (cortes de bolsas, auxílios, etc), os programas de cultura e extensão universitária também são afetados.

Na Faculdade de Odontologia da USP, por exemplo, os projetos sociais são exemplo de Extensão Universitária nos quais alunos e professores uspianos saem dos muros da universidade para uma comunicação direta com a sociedade que possui uma demanda de atendimentos e cuidados odontológicos.

Importantes princípios de promoção de saúde e saúde coletiva são vivenciados em comunidades carentes, colégios, cidades afastadas. Nesses projetos, alunos do primeiro ao último semestre podem aprender Odontologia em contato direto com uma realidade brasileira que, por vezes, é bastante distante. Sendo assim, a importância destes projetos não se limita somente aos cuidados e orientações de saúde passada à população dos bairros/cidades selecionadas.

Em 2015, o Centro Acadêmico XXV de Janeiro, a Comissão de Projetos Sociais e o Departamento de Odontologia Social esforçaram-se mais do que o de costume para garantir a execução dos projetos sociais planejados: conseguir a verba cortada pela Reitoria foi o desafio. O Projeto Cananéia, por exemplo, recebeu 10 mil reais A MENOS (!!!) da reitoria e, para que o importante projeto acontecesse, alguns alunos e professores se mobilizaram junto ao C.A. para conseguir patrocínios e doações.

O próprio Centro Acadêmico, em sua gestão totalmente estudantil, teve que doar parte do seu caixa para garantir a atividade universitária que deveria já estar garantida por uma Reitoria supostamente comprometida com a Extensão Universitária. O absurdo não pára por aí: mesmo os medicamentos levados nas expedições não estão chegando para a Comissão de Projeto Sociais da FOUSP. É mais do que lamentável.

Torna-se revoltante porque vemos instalado um plano de desmonte muito agressivo da Universidade. Durante o Congresso Universitário Brasileiro de Odontologia (CUBO 2015), a gestão Contraste fez questão de expor aos circulantes do prédio o repúdio à situação. E mais do que repudiar, o corpo discente, docente e de funcionários deve cobrar incisivamente a direção e reafirmar a responsabilidade da Reitoria, tanto com a nossa Unidade de ensino quanto com as comunidades assistidas.

Fica o convite à mobilização em defesa dos projetos sociais, ainda a ser construída coletivamente. Fazer a universidade atuante como ferramenta de transformação social é um princípio que deveria ser respeitado e constantemente executado. Não aceitaremos os cortes em silêncio e exigimos respeitos também em nome da sociedade que sustenta da USP e que precisa dela para melhorar.




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