sexta-feira 14 de agosto de 2015 | 00:00
Existe uma dezena de fatores de falência de uma escola pública. E nenhum deles tem a criança como culpada. Por que então militarizar e exigir ordem e disciplina de seres de 12 anos de idade?
Argumentar que os colégios militares são melhores por que saem melhores em testes de avaliação de desempenho é uma falácia das grandes: isso seria concordar que o método de avaliação é válido (vestibular, concorrência desleal, desigualdade de qualidade de ensino entre as escolas, etc.). Não é o colégio militar que é bom, é o sistema que é ruim o modelo militar que adequa direito ao velho e ultrapassado modelo de educação Brasileiro.
A militarização das escolas faz parte de uma série de falhas estruturais em todas as esferas de governo e o tratamento ao ensino público, bem como acontece com as questões da maioridade penal e da chamada “Guerra as Drogas”, seguem a mesma cartilha de repressão e medo de militarização das causas. Este tipo de resposta parece mais rápido por que maquia e e por que exerce poder: aparelhar as escolas é reprimir e disciplinar para a obediência cega desde a educação primária. Transformar as escolas em prisões parece perfeito neste sentido, não é mesmo?
Note como os padrões físicos das escolas atuais parecem cada vez mais com prisões: Além do espaço físico, as grades horárias são rígidas e pouco flexíveis a individualidade de cada aluno e a maneira a qual se relaciona com o coletivo.
Sejamos claros: educação não é coisa de polícia. É necessário cobrar do do poder público a discussão de pautas de educação com coragem - qual é a educação que queremos, que tipo de aluno queremos formar e que valores estamos colocando em nossas bases.
Talvez o filho até saia um “cidadão consciente” e que passe no vestibular: mas queremos criança protipos mirins de militares na qual os maiores valores são ordem, disciplina e obediência?
