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PARALISAÇÃO DIA 15 | RIO GRANDE DO SUL | Professores realizam ato nesta tarde e marcham à Esquina Democrática

quarta-feira 15 de março de 2017 | Edição do dia

A direção do CPERS convocou os professores à Praça da Matriz nesta terça. A proposta foi passar nos gabinetes dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa e depois rumar à Esquina Democrática para se somar ao ato da noite.

A manifestação desta terça estava marcada para as 14h. Poucos professores atenderam o chamado e compareceram em frente ao Palácio Piratini neste 15M. Com cartazes como "Fora Temer e Sartori", "Contra a Reforma da Previdência" e outros, o setor da categoria presente demonstrava-se bastante disposto à luta.

A proposta da direção foi que os trabalhadores, que votaram greve por tempo indeterminado no último dia 08, passassem nos gabinetes dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa. A ação, que a direção denominou "arrastão na assembleia", foi para solicitar que os deputados gravem vídeos se posicionando contra a Reforma da Previdência de Temer. Aqueles que se recusarem, logicamente, estarão se posicionando a favor deste ataque e a direção do sindicato promete denunciá-los.

O chamado da direção do sindicato não empolgou os trabalhadores presentes que, em sua maioria, continuaram na praça. Essa ação da direção do CPERS serve principalmente para promover os deputados petistas e de oposição, que gravaram vídeos se opondo à medida de ataque do governo federal contra a nossa aposentaria.

Além disso, a convocação divide as mobilizações deste 15M. Isso porque outro ato está marcado para as 17h na Esquina Democrática, onde devem se concentrar diferentes setores. Embora a direção tenha chamado os professores para o ato e tenha puxado uma marcha até a Esquina Democrática, convocar outro ato separado, mais cedo, gera desgaste e divisão. Boa parte dos professores inclusive foi embora antes de ir pro ato da Esquina Democrática.

É mais que urgente a unidade de todos os setores em luta para derrotar o ataque à nossa aposentadoria, mas a direção petista do CPERS tem política para dividir. Além disso essa ação serve também para depositar esperanças nos deputados e dar palanque aos deputados petistas, que se posicionarão contra a Reforma da Previdência.

Além de não mobilizar e organizar este 15M e esta greve desde as bases, em cada escola, a direção do CPERS ainda escolhe dividir os professores dos demais setores que sairão às ruas contra Temer. De nada serve o posicionamento contrário dos deputados estaduais e federais petistas se este partido não coloca seus aparatos sindicais e a CUT, maior central sindical do país, dirigida por ele, a serviço de organizar a luta e a unidade de toda a classe trabalhadora para barrar os ataque contra nossos direitos.

Neste 15M, depois de muita pressão, trabalhadores de categorias importantes em diversas capitais, como os metroviários de São Paulo, paralisaram as atividades pela primeira vez desde o golpe institucional. É necessário que este dia sirva para que as maiores centrais sindicais do país, CUT e CTB, abandonem de vez a trégua aos golpistas e organizem um verdadeiro plano de lutas desde as bases, rumo a uma grande greve geral, que unifique diferentes categorias e possa barrar os ataques de Temer.




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