Professores da rede municipal de São Paulo, que entraram em greve no último dia 8, se solidarizam com os trabalhadores dos Correios, que deram início à greve na manhã dessa segunda.
segunda-feira 12 de março de 2018 | Edição do dia
Na manhã dessa segunda (12) diversos professores da rede municipal de São Paulo em greve reuniram-se nos Comandos de Greve da Zona Norte e da Zona Oeste para passar em escolas das regiões e discutir com a categoria e buscar fortalecer a greve. Os docentes e servidores da educação municipal estão paralisados contra o Sampaprev, que é uma versão municipal da reforma da previdência que o golpista Temer ainda não conseguiu colocar em votação.
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Os professores reunidos nos Comandos de Greve também se solidarizaram à greve nacional dos Correios, que teve início na manhã de hoje, e à greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais, por entender que todas as categorias são parte de uma mesma classe que vem sofrendo diversos ataques, portanto encontram-se em uma só luta, sendo essa uma importante amostra da solidariedade de classe entre os trabalhadores. Veja abaixo as fotos:
Comando de greve da Zona Oeste
Comando de greve da Zona Norte
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O Esquerda Diário também pegou o depoimento de alguns professores grevistas sobre essa importante solidariedade entre as categorias em greve:
"Representando a categoria dos professores municipais que iniciaram a greve no dia 08/03 contra os ataques que o governo está querendo impor à classe dos municipários e, especialmente, contra o Sampaprev, expressamos nossa solidariedade aos companheiros do Correio que também entram em greve hoje. Acreditamos que a luta de classes é imprescindível e inevitável e que os trabalhadores precisam se unir nessa batalha! Nenhum direito a menos a nenhum trabalhdor!" - Aline Toffoli, professora de Educação Física da EMEF Eda Terezinha
"Nós professores do município de São Paulo, junto com o movimento NOSSA CLASSE EDUCAÇÃO apoiamos a greve dos Correios, por que a luta é de todos os trabalhadores!!!" - Fábio, professor de geografia na EMEF José Alcântara Machado Filho
É fundamental e urgente apoiar e coordenar as greves e processos de luta que estão ocorrendo, e que os sindicatos sejam os primeiros a organizar essa solidariedade. As grande centrais sindicais como a CUT e a CTB devem cumprir seu papel e colocar seus sindicatos à serviço de apoiar e fortalecer essas greves, assim como organizar um plano de lutas que leve as greve à vitória e possa organizar os trabalhadores para que com luta possam impedir novos ataques e revogar os já aprovados. Somente com a unificação das forças, mostrando que a classe trabalhadora é uma só, será possível barrar todos os ataques que vem sendo aplicados, tanto pelo governo golpista federal de Temer, como do governo municipal de Doria, e de governos estaduais com o do Pimentel de Minas Gerais.