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UFRN | Professores da UFRN deflagram greve para o dia 18 de Março

quinta-feira 12 de março de 2020 | Edição do dia

Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deliberaram por aderir à greve nacional do dia 18 de março. A decisão aconteceu em plebiscito realizado entre os dias 9 e 11 de março, através de sistema eletrônico. Foram 473 (91%) votos a favor e apenas 33 (6%) contra a deflagração da greve. Doze professores se abstiveram.

O indicativo de greve foi levado pela diretoria à Assembleia na última segunda-feira (9) e aprovado. Dos 120 professores que participaram, apenas um se absteve e o restante votou favorável. Imediatamente o plebiscito foi iniciado eletronicamente. Isso porque, pelo Estatuto da entidade, a decisão sobre a realização de greve só pode ser feita em plebiscito.

No dia 5 de março, os servidores de nível técnico da UFRN deliberam greve por tempo indeterminado a partir do dia 18. Está indicado uma assembléia dos três setores, professores, funcionários e estudantes da universidade para a próxima segunda-feira, dia 16, para discutir uma mobilização comum na universidade.

Entre os estudantes, o DCE indicou em reunião do Conselho de Entidades de Base a realização de assembleias nos cursos, que deverão ocorrer nos próximos dias.

Contudo, é fundamental que os estudantes possam ter um espaço unificado de organização, portanto uma assembleia geral que leve os debates e propostas debatidas nos cursos, para que consigamos organizar uma mobilização que fortaleça a paralisação no dia 18, unificando com os professores e funcionários.

18M, a crise econômica e o Coronavírus

A crise do coronavírus que se combinou com um aprofundamento das tendências recessivas, colocou diversos governos do mundo, e aqui no Brasil de Bolsonaro e de um Congresso golpista não é diferente, na ofensiva para fazer com que sejam os trabalhadores e a juventude os que pagarão por essa crise sanitária e econômica.

Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), anunciam a necessidade de acelerar um conjunto de reformas, privatizações, para "blindar" o país desse cenário, enquanto preparam medidas sanitárias alarmistas que reforçam o poder autoritário do Estado, com quarentenas, internações compulsórias, esvaziando escolas, suspendendo aulas nas universidades, que em nada resolverão, inclusive podem agravar, o problema do contágio do vírus. Querem com isso criar um clima de pânico e passividade, frente ao desespero dos capitalistas com o cenário econômico recessivo, para seguir garantindo os seus lucros em detrimento da nossa saúde.

Somente com a juventude se organizando nas universidade e escolas, junto aos trabalhadores nos seus locais de trabalho, que é possível dar uma saída real para essa crise, que priorize a saúde da classe trabalhadora e da juventude. Na Itália, onde o país inteiro foi colocado em quarentena, os pacientes estão tendo que se enfrentar com a polícia por conta dessa medida, e agora estão surgindo greves espontâneas contra os privilégios capitalistas frente à pandemia do coronavírus.

Uma saída que inclua o rompimento com o teto de gastos e da lei de responsabilidade fiscal, para que o nosso orçamento pare de ser usado para pagar a dívida pública, que apenas garante os lucros dos grandes bancos, para ampliar os leitos e testes nos hospitais, garanta condições financeiras para os trabalhadores se tratarem, cuidarem dos seus filhos em casa, inclusive para proibir as demissões e garantir licenças remuneradas para os doentes.




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