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INFLAÇÃO | Produtos que tem o preço controlado pelos governos são os que mais pesam na inflação

sexta-feira 11 de setembro de 2015 | 00:00

O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro terá impactos de diversos itens administrados, como botijão de gás, energia elétrica, taxa de água e esgoto e tarifas de ônibus urbano. Por outro lado, a redução no valor cobrado no regime de bandeiras tarifárias deve dar algum alívio ao orçamento dos brasileiros, listou nesta quinta-feira, 10, a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.

No caso da energia elétrica, o IPCA de setembro será influenciado por reajustes em Brasília (18,26%, a partir de 26 de agosto), Belém (7,47%, a partir de 7 de agosto), Goiânia (6,71%, a partir de 12 de setembro) e Vitória (2,52%, a partir de 7 de agosto). Em contrapartida, o valor da bandeira vermelha foi reduzido de R$ 5,50 para R$ 4,50 a casa 100 KW/h, uma queda de aproximadamente 19% a partir de 1º de setembro.

Além da energia, devem pressionar o IPCA deste mês a alta na taxa de água e esgoto em Vitória (10,69% a partir de 8 de agosto) e o aumento na tarifa de ônibus urbano em Belo Horizonte (9,68% a partir de 8 de agosto).

A elevação de 15% no preço do gás de botijão desde o início do mês em todo o País também deve ter um impacto relevante no IPCA de setembro. O peso do item na inflação é de 1,08%.

Todos estes itens tem preços controlados pelas diferentes esferas de governo, sejam eles federais, estaduais ou municipais.

O IPCA acumulado neste ano já soma 7,69%, e em 12 meses 9,88%. O acumulado janeiro a agosto deste ano é o maior resultado para a inflação em oito meses em 12 anos. O fato dos aumentos de produtos com preços controlados pesarem na inflação deste mês, somada a iniciativa de não conceder aumentos salariais aos servidores como tem feito Dilma e diversos governadores e prefeitos, escancara como todos os partidos do regime estão agindo para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. Com a crescente inflação e congelamento dos salários, ou sua reposição a índices inferiores à inflação correm o poder de compra dos trabalhadores ao mesmo tempo que garante maiores lucros aos empresários.

Esquerda Diário / Agência Estado




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