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Lava Jato | Procuradores da operação foram beneficiados com diárias milionárias e podem se tornar inelegíveis

O TCU determinou a devolução dos valores milionários pagos aos procuradores da força tarefa da operação Lava Jato em diárias. A prática que configura beneficiamento pessoal a procuradores escolhidos a dedo por fora do princípio da impessoalidade do serviço público, pode tornar Dallagnol inelegível.

quarta-feira 10 de novembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em levantamento feito pelo TCU, apurou-se que cinco procuradores receberam, mais 2,5 milhões de reais de maneira indevida com diárias em Curitiba quando exerciam suas funções força tarefa que investigava desvios na Petrobrás.

Foram eles: Antonio Carlos Welter, que recebeu R$ 506 mil em diárias e R$ 186 mil em passagens, Carlos Fernando dos Santos Lima, que recebeu R$ 361 mil em diárias e R$ 88 mil em passagens, Diogo Castor de Mattos, com R$ 387 mil em diárias, Januário Paludo, com R$ 391 mil em diárias e R$ 87 mil em passagens, e Orlando Martello Junior, que recebeu R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens.

A conclusão do TCU é que o modelo adotado pela operação, onde os procuradores mantinham residência em suas cidades e se deslocavam frequentemente à Curitiba, não seguiu o princípio básico da administração pública de procurar o menor valor para onerar os cofres públicos em benefício da sociedade.

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Dessa forma, nas palavras do Ministro Bruno Dantas, relator da tomada de contas especial, os valores configuraram um ‘rendimento extra’ em favor dos beneficiários, a par dos elevados valores das diárias percebidas".

Além de ferir o princípio da impessoalidade, já que os procuradores da operação foram escolhidos a dedo por Rodrigo Janot, presidente do Ministério Público federal (MPF) na época, e não escolhidos com critérios de impessoalidade. Escolhidos a dedo e beneficiados com milhões em regalias com diárias caríssimas e vôos luxuosos.

Deltan Dallagnol, que cumpria à época o papel de coordenador da força tarefa, e Rodrigo Janot podem ter sua situação política complicada se as investigações concluam o beneficiamento indevido já que os dois teriam responsabilidade sobre a condução da operação e podem se tornar inelegíveis nas próximas eleições.

Dallagnol, que junto com Moro pretende representar a Lava jato nas urnas, carrega já 52 processos no MPF, renunciou ao cargo de procurador no Ministério Público para concorrer a deputado federal e vem negociando sua entrada no Podemos.




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